Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Bush condena propaganda disfarçada

O presidente americano George W. Bush condenou um contrato firmado por seu Departamento de Educação com o apresentador conservador de TV e rádio Armstrong Williams para divulgar a nova lei educacional NCLB (sigla em inglês para ‘nenhuma criança deixada para trás’). O secretário de Educação, Rod Paige, defendeu o pagamento de US$ 240 mil ao comentarista dizendo que o acordo com ele previa apenas que o governo fizesse propaganda da lei em seus programas, que são transmitidos por diversas estações nos EUA. No entanto, cópia do contrato obtida pelo USA Today [14/1/05] deixa claro que Williams se comprometia a falar da lei no meio dos programas, misturando a propaganda com o resto do conteúdo. Um comitê do Senado americano alertou Paige de que gastos com ‘propaganda disfarçada’ são proibidos. Bush declarou que seu gabinete ‘precisa prestar atenção a isto e assegurar-se de que este tipo de coisa não volte a acontecer’. O apresentador, que foi demitido da empresa de mídia que publicava sua coluna semanal, admitiu que foi um erro aceitar dinheiro para falar da NCLB, mas completou que não pretende devolvê-lo. Com informações de Judy Keen e Jim Drinkard [USA Today, 10/1/05].



Bloomberg quer vender agência para fazer caridade

Nota de Keith Kelly, do New York Post [11/1/05], dá conta de que o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, comentou em novembro que tem intenção de vender a agência de informações financeiras que carrega seu sobrenome. Fundada em 1983, a Bloomberg vale hoje US$ 10 bilhões e obtém a maior parte de sua renda com as assinaturas de 200 mil terminais de informações financeiras de clientes corporativos. Há seis anos, o empresário disse que jamais a venderia, mas, já em 2001, quando assumiu seu cargo no poder público, declarou que não voltaria a trabalhar nela. Atualmente, Bloomberg quer ter o valor da companhia disponível para criar uma fundação. O prefeito cita a beneficência praticada por Bill Gates e sua mulher, Melinda, como exemplo para o que quer fazer. Não há previsão de quando a Bloomberg será vendida, mas existem especulações de que as americanas Microsoft e General Electric, e a canadense Thomson Corporation, estariam entre as possíveis compradoras.