Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Câmara vai investigar presença de capital estrangeiro na mídia


Leia abaixo a seleção de quinta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quinta-feira, 18 de novembro de 2010


 


MÍDIA E ECONOMIA


Sofia Fernandes


Deputado quer investigar controle da mídia


A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara vai acompanhar como o governo tem monitorado e punido a presença de capital estrangeiro em veículos de comunicação que atuam no país.


O deputado federal Eduardo Gomes (PSDB-TO) apresentou à mesa diretora da Câmara proposta de fiscalizar os procedimentos adotados pelo Executivo para o controle do limite estrangeiro.


A comissão votará o assunto na próxima quarta. O alvo da proposta é o descumprimento da cota mínima de 30% de capital internacional por empresas de comunicação de massa, índice determinado pela Constituição.


Gomes afirmou que as medidas adotadas até hoje para apurar denúncias não foram suficientes, deixando o campo livre para atuação de empresas estrangeiras.


O deputado cita o jornal ‘Brasil Econômico’, publicado pela Ejesa (Empresa Jornalística Econômico S.A.), mas comandado indiretamente pelo grupo português Ongoing, como um exemplo de descumprimento da lei.


O comando da Ejesa está nas mãos de Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcelos, casada com o controlador da Ongoing, o português Nuno Vasconcelos.


A Ejesa informou em nota que cumpre à risca a lei no que se diz respeito ao limite da participação de estrangeiros em empresas de mídia.


‘Os jornais são controlados e dirigidos por brasileiros natos, que exercem toda a gestão das atividades editoriais nos diferentes canais de imprensa pertencentes ao grupo’, diz a nota.


A comissão pretende examinar como o governo fiscaliza o limite de capital estrangeiro e propor, posteriormente, mudanças nesses procedimentos. A principal crítica é que a responsabilidade da fiscalização está difusa, sendo necessário atribuir a entes específicos a missão de monitorar o setor.


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Obama & Dilma


O embaixador americano, Thomas Shannon, falou ao ‘Valor’ que ‘há muito interesse dos dois lados de que haja um encontro o mais rapidamente possível’ entre os presidentes. Falou que ‘há muito interesse em aprofundar nossa relação com o Brasil’ e que há ‘confiança de que com a presidente eleita vamos ter essa oportunidade’. No enunciado de capa, ‘Obama deve receber Dilma antes da posse’.


À tarde, a Agência Brasil confirmou que ‘Dilma se reúne com Obama antes de posse e depois americano virá ao Brasil’. Na agenda, a crise cambial, o pré-sal e ‘preocupações dos empresários americanos, que vêm perdendo espaço no Brasil para os chineses’. Ecoou por agências latino-americanas e europeias.


//’MÃE DO BRASIL’


O ‘Diário do Povo’, do PC chinês, produziu ontem a análise ‘Mãe do Brasil’ destemida para enfrentar desafios críticos’, do correspondente Wang Peng.


Lembra seu passado de ‘guerrilheira urbana’ e sublinha ‘o conhecimento e a experiência em energia’, anotando que, como ministra do setor, ‘ampliou o gerenciamento estatal’.


Descreve Dilma como ‘forte apoiadora das políticas amigas do mercado de Lula’, mas diz que também ‘defende fortalecer o papel da regulação estatal em setores estratégicos’.


Lula vs. Dilma Em entrevista anteontem ao programa de Charlie Rose na PBS, nos EUA, e na Bloomberg, no Brasil, o presidente da consultoria estratégica Eurasia, Ian Bremmer, descreveu Lula, lamentando sua saída, como o maior ‘estadista’ emergente -e debateu com o âncora se Dilma poderia substituí-lo. Rose argumentou com o passado de combate à ditadura e com a chefia da Casa Civil. Bremmer rebateu que ela não tem o ‘carisma’ de Lula.


Aposta na China Em despacho de Cingapura, a Bloomberg deu que a ‘Embraer assina acordo de financiamento de US$ 1,5 bi para estimular vendas na China’. Foi a manchete da Reuters Brasil, depois, ‘Embraer faz acordo de financiamento com a chinesa Avic’.


No ‘Financial Times’, ‘Embraer faz uma aposta de US$ 1,5 bi na China’, citando o presidente da Embraer China, que cobra liberação de Pequim para produzir jatos maiores na subsidiária.


COMPETIR/COOPERAR Instituição influente na política externa dos EUA, o CFR postou ‘Inovação Energética: Competição e Cooperação entre EUA, China, Índia e Brasil’, de 114 págs. Propõe aos EUA ‘priorizar esforços com a Índia e o Brasil, onde a possibilidade de criar competidores é baixa, pois suas empresas são menos agressivas e bem-sucedidas em exportar aos desenvolvidos’


//A CHINA SE DEFENDE


O estatal ‘China Daily’ publicou dois artigos ontem sobre estratégica geopolítica regional. No primeiro, de Yu Jincheng, da Universidade de Segurança do Povo Chinês, saúda o ‘triângulo estratégico emergente’ que reúne ‘três dos Brics’, China, Rússia e Índia.


O segundo, de Yang Qingchuan, da agência Xinhua, responde a texto do ‘NYT’ que ‘tentou acender as chamas das disputas territoriais na Ásia’. E afirma que a ‘teoria hegemônica não cabe na China’.


//MURDOCH, SOROS E A CHINA


Em entrevista a seu próprio canal financeiro, a Fox Business, o empresário Rupert Murdoch alertou para o ‘enorme poder econômico’ da China, que desafia os EUA. Descreveu como ‘assustador’. E defendeu o livre comércio dos questionamentos que vem recebendo nos EUA, afirmando que ele precisa ser aproveitado ‘para vender mais aos países em desenvolvimento, como o Brasil -e acredito que isso está acontecendo’.


Na mesma linha, o milionário investidor George Soros declarou, no canadense ‘Globe and Mail’, que ‘há uma transferência realmente marcante e rápida de poder e influência, dos EUA para a China’. Avaliou também que ‘hoje a China tem não apenas uma economia mais vigorosa, mas um governo que funciona melhor do que o americano’. Cobrou ‘algum tipo de equilíbrio ou de compromisso entre os dois países’.


ANTIOBAMA O ‘New York Times’ adiantou a revista de domingo sobre a ‘candidata sombra’. Sarah Palin confirma que quer sair à Presidência em 2012. E o Huffington Post deu manchete para o prefeito de NY, Michael Bloomberg, que articula chapa ‘independente’ com o popular apresentador da NBC Joe Scarborough


 


 


TRIBUNAL


Matheus Magenta


Jornal da BA é condenado a indenizar ex-deputado


O jornal ‘Correio da Bahia’ foi condenado pela 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia a indenizar por danos morais o ex-deputado federal Emiliano José (PT) em cerca de R$ 180 mil.


A Justiça entendeu que o jornal acusou o petista, sem provas, de envolvimento com o mensalão.


A decisão, publicada anteontem, se refere a uma reportagem de julho de 2005, cujo subtítulo afirmava que o petista tinha recebido R$ 30 mil do esquema. Cabe recurso. O ‘Correio da Bahia’ não quis comentar a decisão.


Além da indenização, o jornal deve publicar a decisão na íntegra em até 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000.


‘A decisão tenta recompensar o prejuízo que Emiliano sofreu nessa época. Ele não conseguiu se eleger em 2006 por conta desses ataques’, disse o advogado do petista, Jerônimo Mesquita.


O jornal faz parte do grupo de empresas Rede Bahia, que pertence a familiares do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), morto em 2007. Emiliano era inimigo político de ACM.


Segundo a decisão, ‘não se comprovou que o apelante estivesse envolvido ou sob a suspeita de envolvimento no esquema do ‘mensalão’.


O termo ‘mensalão’ ganhou visibilidade em 2005, quando, em entrevista à Folha, o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) falou sobre esquema de pagamentos mensais a congressistas.


 


 


TECNOLOGIA


Fernanda Ezabella


Televisão com internet tem vídeo melhor e facilita leitura de notícias


A chegada ao mercado de novos televisores com internet embutida vem criando um novo nicho para aplicativos exclusivos para TV.


A Folha testou a primeira TV em alta definição com a plataforma Google TV, lançada recentemente nos EUA. Além de aplicativos já conhecidos, como Netflix e Amazon.com, que possibilitam a compra de conteúdo na internet para ver na TV, o novo aparelho traz canais próprios.


O YouTube, por exemplo, vem num formato chamado Leanback, no qual mostra vídeos com uma qualidade superior. Já o jornal ‘USA Today’ criou um visual mais amigável para ler notícias na TV, e o site de humor TheOnion tem o seu próprio canal com vídeos.


Apesar das novidades, a Google TV vem sofrendo com a debandada de muitos canais que oferecem conteúdo gratuito na TV tradicional, mas passaram a barrar sua exibição na nova plataforma.


‘Estão nos acusando de tentar transformar uma TV boba em inteligente. Sim, nós estamos’, defendeu-se o presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, ao ser confrontado com o bloqueio dos canais, num evento nesta semana em San Francisco.


‘Existe o medo de que essa receita gigante será afetada por todo esse conteúdo de internet […] Nós não queremos zerar essa receita. A TV é grande negócio, há muitas fontes de receita.’


O Google diz que continua negociando com os canais e que vai reverter a situação.


‘A distância entre a web e a TV vai desaparecer, é apenas uma questão de tempo. O Google mostrou como hoje é possível tecnicamente uma experiência integrada, fácil, bonita e com custo acessível’, disse Páris Piedade Neto, da consultoria Predicta.


A Apple tenta conquistar a sala de TV do consumidor desde 2006, quando lançou a primeira versão da Apple TV, um fracasso se comparado aos populares iPods.


A empresa atualizou o produto recentemente, diminuindo o tamanho do aparelho e fazendo o preço cair de US$ 229 para US$ 99. Agora é possível alugar um episódio de uma série ou um filme para vê-los em streaming, e não mais comprar e fazer um demorado download.


TESTE


O controle remoto do aparelho com Google TV é como um teclado gorducho, compacto e que exige um certo malabarismo dos dedos das duas mãos.


Há um botão que funciona como um mouse de dedão e também letras minúsculas como um celular. A reportagem conseguiu acessar sem problemas o site do jornal, fazer uma procurar por notícias, ver vídeos e mandar e-mails.


Tudo isso ao mesmo tempo em que ‘via’ um filme com Antonio Bandeiras, numa telinha menor no canto da tela.


 


 


MÍDIA NOS EUA


‘New York Times’ faz mudanças para integrar Redação


O ‘New York Times’ anunciou mudanças na sua estrutura para aumentar a integração das suas operações on-line e impressa.


Segundo o blog The Cutline (especializado na cobertura da mídia norte-americana), a partir de agora, os produtores de internet vão se reportar diretamente a suas respectivas editorias.


Além disso, a chefe de Redação da web, Fiona Spruill, será editora de plataformas emergentes, e o editor de notícias digitais, Jim Roberts, foi nomeado editor-assistente de notícias.


Em comunicado enviado aos jornalistas, o editor-executivo do ‘New York Times’, Bill Keller, disse que, apesar de a integração do jornal em uma só Redação ainda estar sendo discutida, ‘nós estamos prontos para começar a nomear as pessoas que terão papel-chave em nos levar para o próximo patamar’.


Keller afirmou ainda que novos anúncios deverão ser feitos nos próximos dias.


A integração das Redações é uma das apostas do ‘New York Times’ para que a cobrança pelo conteúdo on-line seja bem-sucedida.


O jornal americano já disse que começará a cobrar pelo seu conteúdo na internet a partir do início do ano que vem, que o sistema será misto e que os leitores terão que se inscrever para ter acesso ao material na web.


A cobrança será feita de acordo com o tempo que o leitor passa on-line e a quantidade de reportagens que lê -em alguns casos, ele não precisará pagar nada.


Apesar da proximidade do início da cobrança, o ‘New York Times’ ainda não divulgou o valor a ser cobrado nem o número limite de textos gratuitos.


O ‘Wall Street Journal’ e o ‘Financial Times’, que são considerados os modelos mais bem-sucedidos em cobrança por conteúdo na web, liberam parte do seu material para não assinantes.


No caso do jornal econômico britânico, os não assinantes têm que fazer uma inscrição gratuita para ter acesso limitado mensal ao conteúdo on-line. Já o ‘Wall Street Journal’ não exige inscrição, mas determina quais reportagens são abertas.


 


 


INTERNET


Márion Strecker


Facebook contra o e-mail


O FACEBOOK declarou que o e-mail é um sistema de comunicação anacrônico. Anunciou nesta semana o lançamento de um serviço melhor e supostamente mais simples.


O plano é ampliar seu sistema interno de mensagens e de bate-papo e passar a permitir envio de SMS (torpedo do celular) e mensagem instantânea, além de comunicação com e-mails normais, tudo numa só interface: a dele.


O mercado especula qual será a capacidade do Facebook para desbancar gigantes do e-mail grátis como o Hotmail, da Microsoft, ou o GMail, do Google. O Facebook é hoje a maior rede social do mundo e tem mais de 500 milhões de usuários.


Não ter e-mail hoje em dia é quase como não ter RG. Além de ser uma forma prática de se comunicar com pessoas e trocar arquivos, pede-se ou exige-se e-mail para um monte de coisas na vida, desde cadastro em loja, escola ou prefeitura até para entrar em determinados sites na internet.


Há pessoas que usam apenas e-mails grátis. Mas muitos usam e-mails grátis para atividades que, por algum motivo, não querem fazer com seu e-mail principal. Tem também os que criam e-mails grátis por esporte, para testar ou ver se seu nome está disponível ali. Eles agora terão mais uma opção: um e-mail com a terminação facebook.com.


De todo modo, o e-mail grátis vira uma ‘propriedade’ do consumidor. Embora não seja. Se a empresa fechar, babau e-mail. Ainda não criaram a portabilidade de e-mails, exceto quando você mesmo é o dono do chamado domínio do seu e-mail, ou seja, o dono do endereço que vem depois do sinal @ (arroba).


Eu mesma já criei tantos e-mails que perdi a conta. Nem lembro mais da maioria. Uso atualmente três: um do trabalho, um pessoal (embora a separação entre pessoal e profissional não seja tão rígida) e um terceiro que serve de arquivo, para onde reencaminho e-mails dos quais vou precisar no futuro e vou querer achar rapidamente.


Esse terceiro não informo a ninguém, pois só quero receber coisas de mim mesma ali e não ter a obrigação de abrir, a não ser em situações muito específicas -por exemplo, para recuperar o número localizador da minha passagem num embarque ou o de uma reserva de hotel.


Sou altamente dependente de e-mail. Mas o e-mail é um dos maiores infernos da minha vida. Recebo às toneladas, num fluxo quase ininterrupto. Desperdiço preciosas horas diárias apagando aquilo que não vou ler ou tentando educar os sistemas antispam (spam = e-mails não solicitados) sobre remetentes que quero que barrem de uma vez por todas. Produtos e serviços que não quero, de comerciantes que desconheço, maldades virtuais que não mereço, remédios de que não preciso, informações para a imprensa como se eu me interessasse por todos os assuntos do mundo. É fácil demais disparar um mesmo e-mail para Deus e o mundo. E é justamente isso que está matando o produto.


A comunicação se perde. E eu me recuso a contratar pessoas para ler meus e-mails. Se for isso o que o destino me oferece, vou preferir que ninguém os leia, nem mesmo eu. Vou desativar meus e-mails.


O fato é que no meio tempo as pessoas foram adotando outras formas de se comunicar, como o Skype, os torpedos do celular, o MSN, o Orkut, o Facebook e o Twitter.


Mas os e-mails reagiram e foram se tornando plataformas de serviços cada vez mais complexas, adotando filtros e também recursos de seus novos concorrentes, como vídeo, telefonia, aviso sobre contatos on-line, bate-papo, espaço de arquivo permanente, notícias, transformando-se em redes sociais e muito mais.


A esta altura, quando 350 milhões de pessoas já usam o sistema de mensagem interno e fechado do Facebook, trocando 4 bilhões de mensagens por dia, é mais do que natural que cresça o apetite da empresa pela expansão das atividades de comunicação pessoal. Uns dizem que o e-mail do Facebook não teria capacidade de destruir o mercado dos outros, pois o Facebook é por excelência o espaço da vida privada. Mas, até aí, o uso comercial do Facebook está em franca expansão. Na internet, todos estão invadindo a praia de todos. Ou seja, a nossa.


MÁRION STRECKER, 50, jornalista, é diretora de conteúdo do UOL. Escreve mensalmente, às quintas-feiras, neste espaço.


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


SBT pode perder afiliadas no Norte e no Nordeste


Em meio a um clima de incerteza que ronda o Grupo Silvio Santos, o SBT enfrenta agora mais problemas: a ameaça de debandada de importantes afiliadas e a concorrência faminta por engordar a rede.


A Folha apurou que uma comissão de afiliadas do SBT das regiões Norte e Nordeste pretende se reunir com Silvio Santos para saber sobre a real situação da emissora.


As praças estariam preocupadas com o repasse e a divisão do faturamento comercial da rede -atualmente com 92 praças- em 2011.


Silvio Santos ainda não sinalizou se irá atender a comissão.


São justamente essas praças que interessam às emissoras com potencial de expansão de rede, como Band e Rede TV!. Ambas estariam de olho nas afiliadas do SBT em Maceió, Aracaju, Fortaleza e Teresina. A Band, que não tem geradora de sinal nessas regiões, só retransmissoras, já teria até iniciado conversas nesse sentido.


Record e Globo, que passaram da casa das 100 afiliadas, são leões mais mansos nessa disputa.


Mesmo assim, vale ressaltar que a TVB, que transmite o SBT em Campinas e em Santos, deve migrar para a Rede Record em janeiro.


Procuradas, as emissoras não quiseram se manifestar oficialmente sobre o assunto.


SARAVÁ


Chico Anysio, caracterizado como o pai de santo Painho, grava o especial de fim de ano ‘Chico & Amigos’ (Globo), ao lado de Aparecida Petrowsky


Solo O ‘Domingão do Faustão’ pode perder sua banda. Por divergências financeiras, a renovação contratual dos músicos está atravancada. Segundo Luiz Schiavon, diretor da banda, o contrato deles com a Globo vai até dezembro.


Faísca A repentina saída de Fiorella Mattheis do ‘Vídeo Show’ tem essa versão nos bastidores: teria sido um pedido de Ana Furtado, mulher do diretor da atração, Boninho. Globo e Fiorella negam.


Sorrisos Cercada pelas filhas com discurso ensaiado e casting do SBT em peso, Iris Abravanel se mostrou espirituosa no lançamento de seu livro, anteontem, em São Paulo. Indagada sobre a ausência de Silvio Santos soltou: ‘Vai perguntar para ele!’


Raj Ninguém tem mais saudades de Glória Perez do que os cassetas. A atração da Globo, que batia 30 pontos de ibope com a sátira de ‘Caminho das Índias’ (2009), amarga hoje médias modestas. Caiu de 37 pontos (2007) para 23,1 pontos (média de janeiro a setembro deste ano). Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP.


Grade Para 2011, o GNT está atrás de dois novos formatos: um voltado para o público gay e um outro sobre moda.


Timão Foi adiado para janeiro o lançamento do canal pago TV Corinthians (TVC).


Rio Mesmo com um episódio fraco, ‘As Cariocas’ (Globo) manteve anteontem a média de 19 pontos de audiência.


com SAMIA MAZZUCO


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quinta-feira, 18 de novembro de 2010


 


MÍDIA E ECONOMIA


Karla Mendes


Câmara discute capital estrangeiro na mídia


O deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) propôs ontem que a Câmara faça, com a ajuda do Tribunal de Contas da União (TCU), uma auditoria especial para saber como o governo fiscaliza a participação de capital estrangeiro nas empresas jornalísticas.


A Proposta de Fiscalização e Controle, apresentada pelo deputado na Comissão de Ciència e Tecnologia, Comunicação e Informática, pode ser votada na próxima quarta-feira.


Se a proposta for aprovada, a Câmara vai designar uma comissão de três membros para checar se o governo está mesmo fiscalizando a participação do capital estrangeiro nó setor de mídia. Ele afirmou que a ideia é acabar com o ‘jeitinho estrangeiro’ de driblar a Constituição – hoje, apenas 30% do capital dos veículos de comunicações podem ser de grupos internacionais.


Gomes deixa claro que pediu a auditoria tomando como exemplo o caso do jornal Brasil Econômico. Ele diz, nas justificativas da proposta, que a manutenção do controle exclusivo de brasileiros sobre os meios de comunicação é ‘uma das principais conquistas da Constituição’, mas aponta ‘claras evidências de desvirtuamento do princípio constitucional’. ‘Um dos casos que mais claramente ilustram essa situação é o do periódico Brasil Econômico, publicação especializada em economia que passou a ser editada recentemente no Brasil. O jornal é publicado pela Empresa Jornalística Econômico S/A, que, conforme amplamente divulgado na mídia, é controlado formalmente pela sra. Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcelos, brasileira casada com o controlador do grupo português Ongoing, Nuno Vasconcelos, a quem cabe o comando efetivo do periódico’, diz o deputado.


No texto, o tucano também diz que a auditoria deve levar em conta a ‘proliferação’ na internet de sites de notícias ‘cujo controle é mantido por grupos internacionais’. Para ele, ‘não há mais como deixar de equiparar legalmente as empresas jornalísticas do ‘mundo concreto’ a suas congêneres virtuais, os sites noticiosos de internet’.


Para o presidente da comissão, deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), ‘se os portais da internet vendem conteúdos noticiosos, eles têm de seguir a Constituição’.


 


 


 


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