Foi cancelada a ameaça enviada pelo diretor do gabinete de imprensa de Israel, Oren Helman, a organizações de mídia estrangeiras. Nela, ele informava que jornalistas ficariam proibidos de entrar no país durante 10 anos se embarcassem em uma frota náutica de ajuda humanitária para furar o bloqueio israelense da Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas.
Ativistas pró-Palestina afirmaram que dezenas de navios com ajuda para a Faixa de Gaza poderiam sair de portos europeus nos próximos dias. “O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ouviu sobre o alerta no noticiário e pediu para reexaminar a questão, por ela ser muito problemática”, afirmou seu vice, Moshe Yaalon. “Não há como impedir a mídia se repórteres estiverem embarcados. Melhor não lutar contra eles”.
Alerta
A Associação de Imprensa Estrangeira em Jerusalém havia considerado o alerta de bloqueio a jornalistas uma mensagem de censura e afirmado que ele levantava dúvidas sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa. Israel deixou claro, entretanto, que irá manter o bloqueio destinado a impedir que armas cheguem ao Hamas. Os palestinos alegam que o bloqueio é ilegal e está ajudando a reprimir a economia subdesenvolvida de Gaza.
Por email, Helman havia afirmado que a participação na frota seria uma “violação intencional” da lei de Israel e poderia resultar em uma proibição de 10 anos e também no confisco de equipamentos. Há um ano, nove ativistas turcos, incluindo um com dupla cidadania turca e americana, foram mortos por soldados israelenses que invadiram um comboio de ajuda a Gaza e foram confrontados por passageiros com facas. Informações do Guardian [27/6/11].