Numa festa com 250 convidados perto de Aspen, nos EUA, foram lançadas ao ar as cinzas do pai do jornalismo gonzo, Hunter Thompson, que se matou com um tiro na cozinha de sua casa, seis meses atrás. As cinzas foram disparadas por um canhão do alto de uma torre de mais de 50 metros de altura com a forma do logotipo por ele adotado – uma adaga de cujo cabo sai um punho fechado simétrico, com dois polegares. ‘Ele adorava explosões’, explicou a viúva, Anita.
Celebridades como os atores Bill Murray e Johnny Depp compareceram à celebração, que contou com muita bebida e rock’n’roll. Thompson estava doente e uma fonte da AP [21/8/05] contou que ele não queria ‘que a idade avançada ditasse as circunstâncias de sua morte’.
Em artigo publicado pelo portal MarketWatch [24/8/05], Jon Friedman atacou a mídia pelo que, em sua opinião, foi um destaque excessivo dado à festa. ‘Por que os jornalistas pensaram que isto era digno de ser noticiado?’, escreveu, observando que os organizadores da festa tinham direito de fazer a homenagem que quisessem, mas que a imprensa só a deveria cobrir se lembrasse Thompson com mais dignidade. ‘Claro que (Thompson) é mais conhecido por sua prosa entorpecida, mas ele também tinha uma veia de humor e detalhe que o tornavam único’. Friedman conclui que ‘é muito ruim que o tributo a Thompson possa obscurecer sua obra’.