A China fechou 16 mil cibercafés nos últimos três meses, numa campanha do governo para ‘proteger’ suas 367 milhões de crianças e adolescentes de uma ‘crescente influência corrosiva’ exercida pelos meios de comunicação de massa. O número de cafés forçados a interromper suas operações online foi divulgado pela agência de notícias Xinhua e mostra que a campanha governamental para controlar a indústria é maior do que se pensava. Há um mês, a agência afirmou que um total de 8.600 cibercafés sem licença de funcionamento haviam sido fechados desde fevereiro. Segundo informações da AFP [2/6/04], o governo chinês ainda não tem uma posição clara sobre como deve agir com relação à internet.
Por um lado, a rede se apresenta um grande negócio para a economia do país; por outro, seu fácil acesso a todo tipo de informação representa um risco para o regime comunista. Recentemente, o governo tem mostrado que prefere manter a cautela e evitar a ameaça ao regime. Em parte, a ação é resultado de um novo esforço para elevar o nível ético dos jovens.
Esta nova medida, que apareceu nas primeiras páginas dos jornais estatais, tem como alvo não apenas a internet, mas também os outros meios de comunicação de massa. As emissoras de TV chinesas, por exemplo, foram ordenadas a transmitir programas ‘mais saudáveis’ para seu público jovem.