O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, é a mais nova vítima de ciberataques cometidos por defensores do site WikiLeaks. Um grupo de mais de mil ativistas anônimos lançou o que batizou de ‘operação troco’, e vem atacando sites de empresas ou instituições que, eles consideram, agem contra o WikiLeaks. As invasões online começaram depois que a organização liderada pelo australiano Julian Assange começou a divulgação de mais de 250 mil documentos de embaixadas e consulados dos EUA em todo o mundo. Empresas como a Amazon, Visa e Mastercard cortaram laços com o site por pressão do governo americano, e tiveram seus sites hackeados.
Nos últimos dias do ano, foi a vez das páginas do governo do Zimbábue. O site principal do governo saiu do ar, e o do Ministério da Economia exibia uma mensagem dizendo que estava em manutenção. O ataque ocorreu depois que a mulher de Mugabe, Grace, abriu processo contra um jornal que publicou informações sobre um dos documentos do WikiLeaks que dizia que ela estaria ligada ao comércio ilegal de diamantes.
O documento de uma embaixada dos EUA dizia que a primeira-dama fazia parte de um grupo da elite zimbabuana que lucrava ‘centenas de milhares de dólares por mês’ com a venda ilegal das pedras tiradas do distrito de Marange. Grace nega as alegações, e processou o jornal em 15 milhões de dólares. Informações do Guardian [31/12/10].