O cinegrafista egípcio Essam Mohamed Aly Deraz abriu um processo contra a emissora americana ABC News pelo uso indevido de imagens de Osama bin Laden filmadas por ele no Afeganistão na década de 80. Deraz, que pede US$ 10 milhões, alega que a emissora não pediu permissão para transmitir as imagens, que mostram o líder da al-Qaeda com o grupo de rebeldes islâmicos Mujahideen, que participou da luta contra as forças militares soviéticas no Afeganistão nos anos 80. O cinegrafista, que vive no Cairo, afirma que a ABC News pagou a ele US$ 15 mil em 1998 pelo direito de transmitir as filmagens por apenas duas vezes, mas continuou a fazê-lo sem permissão e ainda cedeu cópias para a CNN e a BBC sem ao menos creditá-lo. Além da indenização a Deraz, a ação pede também que a emissora pare de exibir as imagens e destrua todas as cópias que possui. Informações de Keith Coffman [Reuters, 2/9/05].
Murdoch protegido por bilionário saudita
O príncipe Alwaleed bin Talal, bilionário investidor saudita, converteu suas ações de 3% sem direito a voto para 5.5% com direito a voto no grupo de mídia News Corporation e afirmou que está preparado para subir suas ações caso alguém ameace o poder de Rupert Murdoch na companhia. Em novembro, John Malone, presidente do Liberty Media, chocou investidores de Wall Street e Murdoch ao converter suas ações sem direito a voto para quase 18% com direito a voto no conglomerado. A família de Murdoch detinha 29,5% dos papéis em novembro. Rupert Murdoch estabeleceu um mecanismo de defesa de seu controle, pelo qual ações da empresa são colocadas à venda pela metade do preço sempre que algum acionista ultrapassar a barreira de 15% dos papéis com direito de voto. Aumentando a quantidade de ações, Murdoch dilui a propriedade desses sócios e tem o controle da News Corporation garantido. Informações de Georg Szalai, do The Hollywood Reporter [7/9/05].