George Gombossy, ex-colunista do Hartford Courant, abriu processo contra o jornal e o grupo Tribune Company, esta semana, depois de perder o emprego. Gombossy acusa o diário e a companhia de mídia de ‘violar o direito de liberdade de expressão ao forçá-lo’ a deixar seu cargo. O colunista entrou em conflito com seus chefes quando foi avisado de que artigos críticos a anunciantes do Courant não deveriam ser publicados, pois o jornal não poderia se dar ao luxo de perder dinheiro. Gombossy deixou o emprego em agosto, depois de contar aos editores que planejava escrever uma coluna abordando uma investigação do governo sobre a rede Sleepy’s, fabricante de colchões que anuncia no Courant.
O colunista – que escrevia sobre direitos do consumidor – quer ser indenizado por perdas econômicas passadas e futuras, incluindo benefícios de previdência, seguro saúde, férias e despesas com advogados. ‘Nossa ação, se for bem sucedida, deve resultar em menos pressão para que jornalistas violem a ética em nome do interesse de anunciantes’, afirmou Gombossy. Seu advogado, Joseph D. Garrison, explica que seu cliente pretende proteger os consumidores e manter a credibilidade do jornal, e ressalta que esta é a primeira vez que um jornalista usa uma lei de Connecticut que protege a liberdade de expressão no local de trabalho para contestar uma demissão.
Já o Courant acusa Gombossy de ‘confundir’ as circunstâncias de sua saída do diário para obter ganhos pessoais. Em declaração, diretores do jornal afirmam que ele não estava sob nenhum contrato que protegesse seu cargo de colunista e que a companhia decidiu ‘seguir em outra direção’, encerrando a coluna. Depois de sua saída do jornal, Gombossy criou seu próprio site. Ele trabalhou no Courant por mais de 40 anos e passou a escrever a coluna semanal em 2007. Informações de Susan Haigh [Associated Press, 29/9/09].