Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Comercial picante criticado nos EUA

Um comercial de TV de uma rede de lanchonetes deu o que falar na semana passada nos EUA. Estrelando a herdeira Paris Hilton, a peça foi considerada ‘pornografia leve’ pelo grupo de monitoramento de mídia Parents Television Council (PTC). O vídeo, com duração de 30 segundos, mostra Paris de maiô decotadíssimo lavando um carro e comendo um hambúrguer em poses sensuais. Segundo Melissa Caldwell, diretora do PTC, o anúncio ‘não é apropriado para televisão’. O Los Angeles Times informou que o grupo planeja mobilizar seus mais de um milhão de membros para protestar contra a rede especializada em hambúrgueres Carl’s Jr, e estaria considerando a possibilidade de pedir que a Comissão Federal de Comunicações declare a peça indecente.

A rede de lanchonetes é conhecida por comerciais ‘picantes’ voltados para o público masculino, informa a AP [24/5/05] – certa vez, apresentou um anúncio com uma mulher comendo um hambúrguer em cima de um touro mecânico (em movimento), e outro com o fundador da revista Playboy, Hugh Hefner, cercado pelas suas conhecidas ‘coelhinhas’.

Desta vez, o ataque publicitário da Carl’s Jr foi mais longe. Além do polêmico comercial de TV, foi lançada também uma versão de um minuto para internet. O sítio com o vídeo de Paris (SpicyParis.com) congestionou a Rede e ficou fora do ar por quatro horas um dia depois do lançamento da campanha, noticia a Reuters [23/5/05].



Premiê sueco acusa imprensa de indecência

O primeiro-ministro sueco, Goran Persson, acusou a mídia do país de abusar da indecência para aumentar as vendas. Em discurso na semana passada, Persson afirmou que o governo está procurando meios de ‘higienizar’ a mídia – entre os quais poderia estar a criação de uma nova legislação. ‘Onde quer que se vá na Suécia hoje, vê-se imagens de jovens mulheres quase nuas’, disse, para completar: ‘nós temos que nos distanciar desta oferta degradante e quase pornográfica que vemos em certa mídia’.

O primeiro-ministro criticou também os tablóides suecos que, segundo ele, estão cada vez mais parecidos com os britânicos – famosos pelo sensacionalismo. O tablóide Aftonbladet, informa a BBC [22/5/05], classificou as afirmações de Persson sobre os planos do governo de criar novas formas de regulação de ‘censura’. ‘Limites na liberdade de expressão e de imprensa não são compatíveis com nosso valores democráticos’, escreveu o editor-chefe do jornal.