O comissário da Informação do Reino Unido, Christopher Graham, disse que há “preocupações legítimas” sobre o impacto negativo no jornalismo investigativo das propostas do juiz Brian Leveson para uma legislação de proteção a dados.
Em sua resposta oficial ao relatório Leveson, Graham alertou que as propostas, se implementadas, tornariam o Escritório do Comissário de Informação (ICO, sigla em inglês) como um segundo regulador da imprensa – algo a que ele se opõe. “A importância das propostas não deve ser subestimada”, disse. “O ICO não está buscando um papel mais amplo em relação à regulação da imprensa.” O ICO é responsável por defender o direito à informação em nome do interesse público, promovendo a abertura de órgãos públicos e a privacidade de informações sobre os cidadãos do país.
Leveson sugeriu diversas alterações ao Ato de Proteção de Dados de 1998, em seu relatório publicado em novembro do ano passado. Entre as mudanças, ele propôs que pessoas citadas nas matérias deveriam ter acesso a informações que os jornalistas têm sobre elas. Isso levou a medo na indústria jornalística de que fontes anônimas sejam identificadas. “Isso é, mais uma vez, uma questão de equilíbrio de interesses e deve ser considerado no Parlamento”, afirmou. Informações de Josh Halliday [The Guardian, 8/1/13].