O comissário antitruste da Comissão Européia, Mario Monti, anunciou que abrirá uma sindicância para verificar se as emissoras de TV e organizadores de eventos esportivos e musicais estão boicotando operadoras de novas mídias, como vídeo por internet e celular. Empresas do ramo, como a espanhola Terra e a italiana e.Biscom, se queixam de que, ao sofrerem ‘discriminação’, têm seus negócios prejudicados por falta de acesso a ‘conteúdo audiovisual de qualidade’. Monti disse que usará ‘todos os poderosos instrumentos legais’ para promover o desenvolvimento das novas mídias. Ele citou como ‘atraso’ algumas emissoras de TV que adquirem direitos sobre algum conteúdo, mesmo para meios em que nem operam, como a distribuição de filmes pela internet. A mídia tradicional, os cinemas, as locadoras de DVDs não estariam deixando espaço para os veículos apoiados em novas tecnologias. O presidente da e.Biscom, Silvio Scaglia, reclamou, por exemplo, que mesmo as redes de televisão abertas da Itália querem cobrar caro para que ele retransmita as programações em seu sistema de TV digital. As pressões da Comissão Européia, como informa a AP [8/7/04], parecem surtir algum efeito. Por causa delas, em 2003, a Uefa aceitou vender os direitos de imagem da Copa dos Campeões da Europa para operadores de vídeo por internet e celular.
Pirataria de software custa US$ 29 bilhões
A taxa de pirataria de software na América do Norte chega a 23%, e representa um dos índices mais baixos do mundo, de acordo com estudo feito pela firma de pesquisas de mercado IDC a pedido da Business Software Alliance. Segundo o estudo, mais de um terço dos softwares instalados em computadores em todo o mundo no ano passado era pirata ou falsificado, o que custou às companhias de software US$ 29 bilhões. Neste período, os prejuízos das companhias americanas totalizaram US$ 7,2 bilhões; os da região da Ásia-Pacífico chegaram a US$ 7,6 bilhões, mas a taxa de pirataria por lá alcançou 53%. Os países da União Européia perderam cerca de US$ 10 bilhões com a pirataria, que atingiu o índice de 37%. Para realizar o estudo, a IDC comparou as vendas de software em 86 países com a estimativa do número de softwares realmente em uso e contabilizou a diferença, chegando ao número de piratas no mercado. Os prejuízos foram calculados com base no preço das cópias. Informações de Media Life [8/7/04].