A justiça americana determinou que o magnata de mídia canadense Conrad Black, condenado a seis anos e meio de prisão por fraude, deve servir pelo menos 42 meses da sentença. Isso significa que ele deverá voltar para a cadeia por mais um ano. Sua mulher, a jornalista Barbara Amiel, desmaiou no tribunal ao ouvir a sentença.
Black, de 66 anos, foi condenado por um tribunal de Chicago em 2007 por enganar investidores de sua companhia de mídia, a Hollinger International, e por obstrução à justiça. Até agora, ele havia servido a pouco mais de dois anos da sentença em uma penitenciária na Flórida. No ano passado, o empresário foi libertado sob fiança após uma mudança na lei americana. Duas condenações por fraude foram anuladas, mas o tribunal manteve uma terceira condenação.
Bom comportamento
Nesta última apelação, os advogados de Black reconheceram que o cliente não demonstrou remorso por seus crimes, mas ressaltaram seu bom comportamento na prisão. Os advogados afirmaram ser falsas as alegações de funcionários do presídio de que o empresário trataria os colegas de prisão como seus empregados, obrigando que eles limpassem o chão e o chamassem de “Lord Black” – em 2001, ele foi nomeado para a Câmara dos Lordes britânica.
Black e outros quatro sócios foram acusados de desviar dezenas de milhões de dólares da Hollinger International, dona dos jornais Chicago Sun-Times, Jerusalem Post e London Daily Telegraph, entre outras 20 publicações locais. Três sócios foram condenados, e o quarto, que trabalhou com Black por mais de 30 anos, declarou-se culpado no início do processo e aceitou participar como testemunha no julgamento em troca de uma pena mais branda. Com informações do Guardian [24/6/11].