Seis homens foram condenados nesta quarta-feira [3/11] sob acusação de planejar o assassinato de um conhecido jornalista croata e um colega de trabalho no centro de Zagreb, em outubro de 2008. O crime chocou o país. Ivo Pukanic, editor-chefe do semanário político Nacional, e o diretor de marketing do jornal, Niko Franjic, morreram quando uma bomba explodiu no carro em que estavam. Acredita-se que o assassinato tenha sido motivado pelos artigos do jornalista sobre o crime organizado na Croácia.
O principal suspeito, Zeljko Milovanovic – acusado de plantar a bomba sob o carro de Pukanic –, foi condenado a 40 anos de prisão. Os outros cinco réus receberam sentenças de 15 a 33 anos. Milovanovic não participou do julgamento. Ele está preso na Sérvia, onde também é julgado pelas mesmas acusações junto com Sreten Jocic, chefe da máfia acusado de contratar os assassinos do jornalista para evitar que ele continuasse a investigar as organizações do crime organizado nos Bálcãs. Jocic teria pagado 1,5 milhão de euros pelo serviço.
Apesar se de acreditar que o motivo do assassinato tenha sido o trabalho de Pukanic, não há provas concretas. Promotores trabalham com a suspeita de que Jocic teria sido contratado pelo verdadeiro mandante do crime. A Croácia e a Sérvia, inimigas de guerra, passaram a juntar esforços na tentativa de conter o crime organizado que se espalhou pelos países durante o conflito da década de 90. Com informações da AP [3/11/10].