A reitora da escola de estudos de mídia da Faculdade de Administração de Rishon Letzion, Eva Berger, renunciou ao cargo de membro do Conselho Consultivo de Imprensa do governo de Israel. No anúncio feito esta semana, ela afirmou que tomou a decisão por acreditar que a liberdade jornalística está se deteriorando. Eva ressaltou que sua saída se deve a propostas do governo vistas por muitos como restrições à liberdade de expressão e obstáculos à liberdade de imprensa. Entre elas, estão medidas que tornarão mais fácil que políticos processem jornalistas e veículos de mídia por calúnia e bloquearão o financiamento internacional para grupos sem fins lucrativos de esquerda.
Eva pediu a seus colegas no conselho governamental que considerem se ele deveria estar envolvido em determinar quem é e quem não é jornalista. O conselho emite licenças de imprensa e, portanto, determina quem é elegível para recebê-las. O assunto veio à tona quando jornalistas de veículos em árabe revelaram que estavam tendo dificuldade para obter credenciais.
Além disso, Eva protestou contra o envolvimento de forças de segurança em determinar a elegibilidade dos que pedem licenças de imprensa pré-aprovadas pelo governo. “Inocentemente, achei que, à luz da composição digna do conselho, ele seria um organismo dinâmico e pensante, que poderia discutir suas descobertas com base nas informações que tem. O fato é que isso não acontece diante de vozes contrárias ao establishment”, desabafou. Informações de Roy Greenslade [The Guardian, 22/11/11].