O escândalo dos grampos telefônicos no Reino Unido está tendo consequências globais. O Conselho de Imprensa da Austrália, por exemplo, decidiu investigar práticas jornalísticas nos jornais e revistas do país e está realizando uma série de encontros com cidadãos e representantes da mídia impressa para discutir melhorias para a ética jornalística. Todas estas ações ocorrem mesmo sem nenhum um sinal de má conduta nas publicações, como o que aconteceu no caso do tabloide britânico News of the World.
Nos próximos meses, os padrões de conduta revisados devem ser divulgados, entre eles o de jornalistas terem acesso a pacientes de hospital e o uso de fotografias tiradas em lugares públicos. Outras “regras” envolvem alteração de fotos, conflitos de interesse, uso de maneiras desonestas para obter informação e questões sobre como garantir equilíbrio e precisão.
O presidente do conselho, Julian Disney, disse que o projeto é parte do trabalho proativo do órgão para melhorar padrões, em vez de simplesmente lidar com reclamações. “Trata-se de espalhar uma boa prática de jornalismo. Um elemento-chave para isto é garantir que os padrões encontrem seu caminho para redações em um formato que irá garantir que jornalistas ocupados os consultem”. Informações de Roy Greenslade [The Guardian, 8/8/11].