Com repórteres ameaçados de prisão porque não querem entregar fontes sigilosas à Justiça, cresce no meio político dos EUA o apoio à criação de uma lei federal de proteção aos profissionais de imprensa, forçando os procuradores a tentar outros meios antes de obrigar um jornalista a identificar informantes. Segundo Laurie Kellman, da AP [14/3/05], deputados e senadores, democratas e republicanos, já falam na nova legislação. O deputado republicano Mike Pence tem uma proposta de ‘Lei de Livre Difusão de Informação’ que já foi assinada por 11 parlamentares. Segundo a lei, autoridades federais fiariam proibidas de pedir a identidade de fontes a jornalistas. No entanto, é improvável que a lei seja votada ainda este ano pelo Senado.
Uma idéia semelhante já foi proposta há duas décadas, mas não chegou a ser votada. ‘É importante que asseguremos certos direitos aos repórteres para que eles possam buscar fontes e noticiar informação apropriada sem medo de intimidação ou prisão’, comenta o senador de Indiana Dick Lugar, principal defensor republicano da idéia na outra casa do congresso.
Atualmente, há 16 profissionais e 14 veículos com problemas relacionados a sigilo de fonte nos EUA. O caso mais notório é o dos repórteres Judith Miller, do New York Times, e Matthew Cooper, da revista Time, que recorrem de condenação à prisão por se recusarem a entregar a um tribunal o nome de quem revelou a identidade da agente da CIA Valerie Plame.