Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Cristãos reagem a The Da Vinci Code

Editoras cristãs americanas lançarão pelo menos 10 livros nos próximos meses para se contraporem a The Da Vinci Code, best-seller ficcional no qual o autor Dan Brown levanta a possibilidade de que a Igreja Católica teria escondido o fato de Jesus, na verdade, ter sido um homem comum, que casou com Maria Madalena e deixou descendentes que hoje vivem na França. Na história de Brown, a Opus Dei, organização conservadora católica, seria na verdade uma seita sinistra encarregada de eliminar os integrantes da sociedade secreta que carrega esse segredo sobre a vida de Cristo. Leonardo Da Vinci teria sido um dos líderes dessa sociedade – daí o nome do livro. O autor não está dando entrevistas porque estaria trabalhando num novo livro, mas, em seu sítio de internet, dá a entender que as idéias em The Da Vinci Code podem ser verdadeiras. ‘Não acho que seja apenas uma novela inocente com um enredo fascinante. Penso que esteja aí para fazer as pessoas acreditarem numa visão incorreta e historicamente imprecisa, e está conseguindo. As pessoas estão aderindo à noção de que Jesus não é divino, de que não é filho de Deus’, preocupa-se o reverendo James Garlow, co-autor de Cracking Da Vinci’s Code (‘Quebrando o Código de Da Vinci’, tradução livre), um dos livros que tentam fazer frente à suposta ameaça que The Da Vinci Code representaria.



A primeira nação virtual do mundo

Há alguns anos, durante o auge da ‘bolha da internet’, surgiu a curiosa história de que os cerca de 11 mil habitantes da pequena nação insular de Tuvalu, no Oceano Pacífico, ficariam ricos com a vendas dos domínios de internet terminados em .tv, sufixo designado ao país. A desilusão mundial com os negócios de internet acabou também com esse sonho. O povo de Tuvalu não ficou rico e domínios promissores como sony.tv e nbc.tv ainda estão à venda. Mas algo muito pior que a destruição de um futuro de riqueza está acontecendo com a ilhota, que, curiosamente, não possui sequer uma estação de TV: o aquecimento global tem elevado o nível do mar e o país inteiro corre o risco de desaparecer. Tuvalu não está sendo coberta por ondas gigantes; a água do mar se infiltra no solo e brota do chão, segundo Kevin Maney [USA Today, 28/4/04]. Se o desastre se concretizar, a população terá de procurar outro lugar para viver. Pela lei internacional, o país continuará existindo, mas, curiosamente, seu único patrimônio nacional será seu domínio de internet. Desta forma, Tuvalu poderá entrar na história como a primeira nação virtual do mundo.