O jornalista cubano Guillermo Fariñas decidiu interromper, na semana passada, a greve de fome que mantinha há sete meses em protesto pelo bloqueio à internet sofrido pela população cubana. Mesmo tomando soro, os médicos alertaram que Fariñas poderia morrer se continuasse sem comer.
O jornalista, de 42 anos, encerrou a greve de fome após a insistência de Marta Beatriz Roque e Berta Antunez, líderes da banida Assembléia para a Promoção da Sociedade Civil. As duas haviam sido alertadas por médicos de que Fariñas estava tão fraco que poderia morrer em questão de dias.
Um dia antes do fim da greve, a mãe do jornalista havia noticiado que Fariñas estava com febre, convulsões, problemas no rim e no coração. Mesmo que ainda permanecesse consciente, ele também sofria de constantes dores de cabeça, e havia sido transferido para uma unidade de tratamento intensivo em 20 de agosto.
‘Esperamos que Fariñas se recupere rapidamente deste fardo que o levou próximo à morte’, afirmou a organização Repórteres Sem Fronteiras [1/9/06]. ‘Nós pedimos novamente às autoridades cubanas que considerem sua reclamação por acesso irrestrito à internet para todos os cubanos. Esperamos também que a pequena agência de notícias que ele comanda, a Cubanacán Press, possa reiniciar suas operações sem ser molestada’.