A última coluna do editor-público do New York Times [22/5/05], Daniel Okrent, foi bastante dura com alguns de seus colegas de jornal e ele mesmo admite isso. Ele acusou os colunistas Paul Krugman e Maureen Dowd de privilegiarem suas convicções ideológicas em detrimento da precisão da informação e classificou de ‘gratuitamente agressiva’ uma nota de Alessandra Stanley sobre a apresentadora de TV Katie Couric. Como Okrent está deixando o cargo de ombudsman, ninguém terá direito de se defender no espaço que era dele. Krugman já respondeu em sua própria coluna que considera inadequada a acusação do ombudsman, já que ele não deu exemplo para corroborá-la. Okrent conta que o colunista exigiu diversas vezes que ele se retratasse ou desculpasse, mas já avisou que não o fará. ‘Tenho uma teoria. Nas últimas semanas, as pessoas me convidaram para almoçar, foram tão legais, que eu comecei a achar que sentiria falta desse trabalho. Então, talvez subconscientemente, pensei em escrever algo que fizesse com que ficassem feliz com a minha saída’, brinca. As informações são da New York Magazine [6/6/05] e da Editor & Publisher [28/5/05].
A volta de Piers Morgan
Piers Morgan, ex-editor do diário britânico Daily Mirror – tirado do cargo por publicar fotos falsas de soldados britânicos maltratando prisioneiros iraquianos –, comprou, em parceria com Matthew Freud, um guru das relações públicas, o jornal Press Gazette, publicação voltada para o mercado de revistas de negócios e jornalismo regional. Morgan não será editor da publicação, mas não se sabe ainda se o atual, Ian Reeves, ficará no cargo. É certo, no entanto, que a Press Gazette passará a enfocar os jornais nacionais e a televisão, o que deixará os 13 mil profissionais de imprensa britânicos que trabalham em títulos locais sem uma publicação própria. Com informações de Gordon MacMillan [Brand Republic, 31/5/05].