Um debate realizado na semana passada em Nova York com seis profissionais de comunicação colocou frente a frente as mídias tradicionais e as novas mídias. Ao fim do evento, vitória para os ‘velhos’ meios de comunicação: 68% da audiência disse ser contra o seu fim. No começo do debate, 25% do público era a favor de eliminar a mídia tradicional, 50%, contra e 8% das pessoas se disseram indecisas. O evento, iniciativa da Rosenkranz Foundation, é o quarto de uma série patrocinada pelo Intelligence Squared U.S.
Os três especialistas pró-novas mídias – John Hockenberry, da Public Radio International; Jim Vandehei, do site Politico; e Michael Wolff, da revista Vanity Fair e do site Newser– ressaltaram que é inevitável o fim das mídias tradicionais, enquanto os outros três – Phil Bronstein, do San Francisco Chronicle; David Carr, do New York Times; e Katrina Vanden Heuvel, do The Nation – alegaram que as novas mídias não são confiáveis e não têm as condições financeiras necessárias para operar com sucesso. ‘Estamos falando de um momento de transição e transformação. E, neste momento, os modelos das novas mídias não foram bem sucedidos em termos de sustentabilidade’, disparou Katrina.
Um funcionário da Hearst Corporation, presente na plateia, questionou a capacidade de os novos meios alcançarem fontes e cobrirem as pautas de maneira eficiente. Em resposta, Hockenberry alegou que era um falso argumento dizer que isto não poderia acontecer nas novas mídias. Carr, por sua vez, levou cópias de matérias do Newser e cortou todas as informações vindas da mídia tradicional, para demonstrar que não sobrava nenhum conteúdo próprio. Informações de Amanda Holpuch [Washington Square News, 28/10/09] e da AP [28/10/09].