O diretor do jornal chileno La Nación, Alberto Luengo, foi demitido após publicar denúncias de pedofilia envolvendo o prefeito da cidade de Valparaíso e um senador do partido de oposição Unión Democrática Independiente (UDI). Segundo o porta-voz do governo, Francisco Vidal, a denúncia não condiz com a linha editorial de um jornal pertencente ao governo e, portanto, a demissão do jornalista teria sido uma reação ‘razoável e civilizada’. Grupos de jornalistas do Chile afirmam que com a edição da denúncia o jornal atingiu o seu maior índice de vendas. Já a Associação para a Defesa do Jornalismo Independente discorda da demissão de Luengo, alegando ser uma ação arbitrária e que vai de encontro à legislação do país, segundo a qual o jornal, apesar de pertencer ao governo, é autônomo e estava cobrindo um fato de interesse público. Informações da Asociación para la Defensa del Periodismo Independiente (PERIODISTAS) [19/8/04].
Repórter condenado por assassinato
O jornalista britânico James Raven, de 44 anos, foi condenado na última quarta-feira, 18/8, por ter torturado até a morte um traficante de drogas na frente de seus filhos. De acordo com testemunhas, Raven trabalhava como repórter disfarçado quando amarrou e forçou os filhos de Brian Waters a assistir o pai ser torturado. Raven foi considerado culpado e com ele também foi condenado John Wilson, que teria ordenado da ação. O outro acusado, Ashley Guishard, foi declarado inocente. O juri ouviu das testemunhas que Wilson teria ordenado o ataque fatal depois de disputa com Waters por uma dívida. Segundo informações da AP [18/8/04], durante as oito semanas de julgamento, descobriu-se que Raven e seu primo, Christopher More, que ainda está sendo procurado pela polícia por conexão com a morte de Waters, ganhavam dinheiro trabalhando disfarçados em trabalhos para a BBC e o Canal 4.