Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Denúncias em rede social levam a assassinato de jornalista

O assassinato de María Elizabeth Macías Castro, editora do jornal mexicano Primera Hora, no último sábado (24/9), marca um novo patamar na tentativa dos carteis de drogas de silenciar a mídia – e agora usuários das redes sociais – no país. O corpo da jornalista foi jogado em um parque e sua cabeça foi colocada em cima de uma pedra, com uma nota que dizia “Nuevo Laredo Live e outras redes sociais, eu sou a ‘Garota de Laredo’ [em referência ao apelido usado por María, La Nena de Nuevo Laredo, na web] e estou aqui por conta das minhas e das suas matérias. Para aqueles que não querem acreditar, isto aconteceu comigo por causa das minhas ações. Obrigada pela atenção. Com respeito, ‘Garota de Laredo’… ZZZZ”. Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), o “ZZZZ” sugere ligação com o cartel Zetas.

María costumava usar o pseudônimo em redes sociais para denunciar o crime organizado na cidade de Nuevo Laredo. Ela é a quarta jornalista mulher assassinada no México desde o começo do ano. As outras três foram a ex-repórter da Televisa Rocio González Trápaga; a editora da revista semanal Contralínea Ana María Marcela Yarce Viveros; e a colunista do diário regional Notiver Yolanda Ordaz de la Cruz.

Outros dois corpos com marcas de tortura foram pendurados em uma ponte em Nuevo Laredo no dia 13/9, também com um bilhete: “Isso vai acontecer a todos os traidores da internet”. Com informações de Roy Greenslade [The Guardian, 29/9/11].

***

Leia também

Sobrevivência e morte nas redes sociais