Um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA adotou, na semana passada, regras para permitir que seus membros usem material de sítios como o YouTube em suas páginas oficiais na internet. Deputados já usavam os links em seus sítios para divulgar vídeos de discursos ou votações em que apareciam. O problema é que muitos destes links traziam junto anúncios publicitários, o que violava norma interna que proíbe que legisladores vinculem sua imagem a produtos e serviços comerciais.
Agora, os links serão permitidos desde que contenham um alerta. Internautas que optarem por acessar este tipo de material são avisados de que serão encaminhados a páginas que não pertencem ao sítio governamental e que os membros do Congresso não são responsáveis por seu conteúdo. A medida é semelhante à adotada no mês passado pelo Senado, permitindo que seus membros divulguem conteúdo não governamental em sítios oficiais.
Tecnologia
O deputado democrata Robert A. Brady, presidente do Comitê de Administração da Câmara, explicou em declaração que as antigas regras pecavam por não acompanhar as novas tecnologias de comunicação. ‘Nos últimos anos, testemunhamos um crescimento incrível das inovações tecnológicas’, afirmou Brady. ‘Hoje, demos um passo importante para garantir que possamos utilizar estas inovações e outras futuras para benefício de nossos constituintes’.
O republicano John A. Boehner, líder da minoria na Câmara, elogiou a adoção da medida e a rejeição a uma proposta alternativa que impedia que políticos e eleitores se comunicassem por meio de sítios que não fazem parte de uma lista pré-aprovada por um comitê governamental. ‘A internet é uma ferramenta poderosa que dá aos americanos uma janela sem precedentes para as ações diárias do governo’, opina. Informações de Carol D. Leonnig [Washington Post, 7/10/08].