O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) criticou a prisão de Nadesapillai Vidyatharan, editor de um jornal em tâmil do Sri Lanka, por supostas ligações com um ataque aéreo de rebeldes do grupo separatista Tigres Tâmeis, na capital, Colombo. No entanto, segundo a organização, a detenção de Vidyatharan é um exemplo de repressão a organizações de mídia críticas ao governo. O CPJ pediu a libertação imediata do jornalista.
Grupos em defesa da liberdade de expressão alegam que o país está se tornando um dos mais perigosos para a prática jornalística. Desde 2005, mais de dez profissionais de imprensa foram mortos. Vidyatharan, editor do Sudar Oli Tamil, foi detido na semana passada durante um funeral. A polícia informou primeiramente que ele havia sido seqüestrado, mas acabou admitindo que o editor havia sido preso para interrogatório.
Inúmeros casos
No mês passado, um editor de um jornal conhecido no país por ser crítico à guerra com os rebeldes do Tigres Tâmeis foi morto a tiros. Uma emissora de TV também foi atacada por grupos de homens armados e um outro editor foi esfaqueado. Em geral, ninguém é condenado pelos crimes. O governo alega que estão sendo realizadas investigações.
Enquanto isso, o Exército continua a invadir território dominado pelos rebeldes, ao norte. Na semana passada, soldados chegaram a Puthukkudiyiruppu, a última cidade sob domínio rebelde, e há intenso confronto no local. Jornalistas independentes não podem viajar até as áreas de conflito. Nos últimos 25 anos da luta separatista do Tigres Tâmeis, mais de 70 mil pessoas morreram em todo o país. Informações da BBC [27/2/09].