Jornalistas estrangeiros na China tiveram suas contas de e-mail do Google invadidas, assim como acontece com ativistas de direitos humanos – o que levou a empresa americana a considerar encerrar suas operações no país. Ao anunciar uma possível saída da China, o Google não chegou a especificar como as contas do serviço Gmail foram atacadas, nem por quem.
Após o incidente, editorial do jornal chinês People’s Daily afirmou que o Google está ‘usando os internautas da China em sua disputa com o governo sobre a censura no país’. Ainda segundo o diário, que é controlado pelo Partido Comunista, monitorar a internet é algo ‘que todo governo tem que fazer’ e é ‘mentira alegar que a internet é um espaço livre sem regulamentações’. A publicação ainda informou que a China tem seus próprios planos para regulamentar a rede e não pretende seguir ordens do CEO do Google ou do Departamento de Estado dos EUA. ‘O Google deverá mostrar sinceridade ao tomar ações práticas e obedecer às leis chinesas. A empresa não deve procurar obter privilégio na China e deveria parar de lançar ataques’, completou o jornal.
O Clube de Correspondentes Internacionais da China enviou mensagem a seus membros alertando que repórteres em pelo menos duas sucursais em Pequim tiveram contas do Gmail invadidas, com reenvio de e-mails para contas não conhecidas. John Daniszewski, editor de notícias internacionais da Associated Press, denunciou a invasão e disse que a agência fará uma investigação para saber se alguma informação vital foi comprometida. Informações da Bloomberg [19/1/10] e da AP [19/1/10].