O editor-executivo do Washington Post, Leonardo Downie Jr., reuniu-se com centenas de jornalistas em 18/11 para debater as últimas iniciativas do jornal para combater o declínio das vendas. A discussão mais intensa da reunião, entretanto, concentrou-se na diversidade do Post, já que um homem branco tinha sido escolhido para ser o novo editor-chefe, e não um negro ou uma mulher.
Philip Bennett, editor de internacional, foi escolhido por Downie para ser o segundo editor mais importante do jornal no início de novembro. Os outros finalistas para o cargo eram o editor de comportamento, Eugene Robinson (que é negro), e a editora de notícias nacionais, Liz Spayd. Bennett disse que não levou a contestação a seu nome para o lado pessoal, por sentir que muitas pessoas deixaram claro que não se tratava de hostilidade contra ele.
Frente aos questionamentos, Downie afirmou que o jornal fez grandes progressos com relação à diversidade e que, entre os cerca de 35 principais editores do jornal, a minoria é formada por homens brancos. Downie e Bennett terão reunião para discutir a questão da diversidade em dezembro, informa Frank Ahrens [The Washington Post, 19/11/04].
Em relação à circulação, os profissionais discutiram a baixa de 10% das vendas nos últimos dois anos e os resultados de extensa pesquisa com leitores feita em meados deste ano. No esforço de atrair mais leitores, Downie pediu que os repórteres do Post passem a escrever matérias mais curtas. Ele afirmou também que será dedicado espaço maior a fotos e gráficos. Além disso, o jornal passará por reestruturação no design para tornar a leitura mais fácil e agradável aos leitores.