A revista britânica Economist anunciou que irá restringir o número de artigos gratuitos em seu site, o que sinaliza que as editoras estão migrando rapidamente para um modelo de cobrança de conteúdo online. Não assinantes atualmente têm acesso gratuito a artigos publicados no último ano, mas a partir de meados de outubro qualquer artigo com mais de 90 dias de publicação só poderá ser lido por assinantes.
Como parte do novo modelo, não assinantes também não terão acesso, de graça, à parte do site que possibilita ver a edição atual. ‘Consideramos que esta é uma experiência de leitura premium e planejamos desenvolver uma edição online da nossa revista para os nossos leitores mais leais e engajados: os assinantes’, disse Ben Edwards, editor do site da Economist. A revista tem um arquivo disponível para assinantes desde 1997. Dentre os maiores jornais do Reino Unido, apenas o Financial Times, cuja editora, Pearson, tem 50% de ações na Economist, cobra por acesso online.
As editoras agora buscam novos caminhos para cobrar seus leitores por conteúdo na rede, na medida em que tentam recuperar as perdas com anúncios publicitários e queda na tiragem. Rupert Murdoch, presidente da News Corporation, que é proprietária do Times e do Sunday Times, disse em maio que começaria a cobrar pelo conteúdo online de seus jornais dentro de um ano. Uma pesquisa feita pela Associação de Editoras Online do Reino Unido revelou que quase 70% das editoras entrevistadas pretendem passar a cobrar por conteúdo na web. Informações de Salamander Davoudi [Financial Times, 7/10/09].