Ao assumir o cargo de ombudsman do Washington Post, há 10 meses, Patrick B. Pexton ficou assustado com a quantidade de inovações acontecendo no jornal. Quase toda semana há um lançamento na versão impressa ou online, uma iniciativa para atrair mais receita, um blog ou uma novidade nas redes sociais. Desde que está no diário, Pexton já presenciou a remodelação do site; a instalação de um novo sistema de gerenciamento de conteúdo; o lançamento de um aplicativo de leitor social no Facebook, que mostra o que os seus amigos estão lendo; contratação de mais blogueiros à equipe do Wonkblog, de Ezra Klein; revisão do sistema de comentários; acréscimo de vídeos online; criação do The Root DC, site destinado a leitores afroamericanos; dentre inúmeras outras ações.
Na semana passada, foram duas inovações. Uma delas é o blog She the People, que reúne vozes femininas sobre política e cultura, e o @mentionmachine, ferramenta na página de política do Post que rastreia menções no Twitter e nas mídias sociais sobre os candidatos presidenciais. Inovações são sempre boas, mas o ombudsman, assim como outros leitores, questionam se muitas, a um ritmo muito rápido, podem acabar sendo ruins. A equipe acaba ficando exausta, pois muitas das novidades requerem mais tempo de editores e repórteres. Para se ter uma ideia, oPost tem 108 blogs e o New York Times apenas 62 – mas com uma equipe maior.