Durante o primeiro trimestre de 2012, foi registrado um total de 53 ataques a veículos de comunicação, jornalistas e cidadãos que exerciam seu direito à liberdade de expressão no Equador, segundo um informe especial da Rede de Monitoramento de Ameaças à Liberdade de Imprensa, da ONG equatoriana Fundamedios. De acordo com o documento, funcionários públicos foram os principais agressores, responsáveis por 56,6% dos ataques, das quais 20,65% foram originadas pelo presidente equatoriano Rafael Correa e 15% por grêmios, associações civis, grupos violentos, simpatizantes políticos ou manifestantes.
Os resultados do informe demonstram que os ataques contra jornalistas e veículos de comunicação aumentaram 150% nos últimos quatro anos. No primeiro trimestre de 2009, houve 21 casos de agressões; em 2010, este número pulou para 34 e, em 2011, para 42. Esses resultados devem-se em grande parte aos constantes ataques contra a imprensa que seguem o exemplo do presidente Correa, afirma a Fundamedios, apesar da remissão das sentenças contra os jornalistas Juan Carlos Calderón e Christian Zurita, autores do livro El Gran Hermano,e do milionário processo contra o diário El Universo. A ação foi aberta por acusações de difamação do presidente. O processo contra os jornalistas Calderón e Zurita continua, já que, ao fim de março, a corte decidiu rejeitar o perdão concedido por Correa. Informações de Liliana Honorato [Blog Centro Knight para Jornalismo nas Américas, 16/4/12].
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