Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Organizações contabilizam jornalistas exilados

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York, divulgou na semana passada, para marcar o Dia Mundial do Refugiado, em 20/6, um relatório mostrando que 57 jornalistas foram forçados ao exílio entre junho de 2011 e maio de 2012. Mais de 58% deixaram seus países por conta de ameaças de violência, e 46% por ameaças de prisão.

A região com maior número de exilados é a África, com 24, seguida pelo Oriente Médio e Norte da África, com 15; Ásia, com 10; Américas, com seis; e Europa e Ásia Central, com dois profissionais nesta situação. O país com o maior número de jornalistas exilados é a Somália, com sete, seguida de Síria e Paquistão, com seis cada. A maioria destes profissionais seguiu para os EUA – foram 15 casos contabilizados pela organização. Outros dados: 23% deles continuaram a trabalhar do exílio, e 11% conseguiram voltar para seus países.

O CPJ monitora o número de jornalistas exilados em todo o mundo desde 2007. Apesar do índice ainda ser alto, o número de profissionais que deixaram seus países no último ano caiu em relação ao período anterior, de 67 para 57.

Por mais proteção

A organização Repórteres Sem Fronteiras, por sua vez, divulgou um alerta endereçado ao Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, pedindo que ele garanta que os jornalistas refugiados e ativistas pelos direitos humanos recebam mais proteção e tenham mais acesso ao sistema da ONU para restabelecimento de emergência e evacuação temporária para um país seguro. Pelos números da organização com sede em Paris, 80 jornalistas deixaram seus países em 2011. A RSF também publicou um guia atualizado para jornalistas forçados ao exílio. Com informações de Summer Harlow [Journalism in the Americas, 20/6/12].