Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Guia cultural de Londres vira publicação gratuita

A edição londrina da Time Out, lançada há 45 anos, vai se transformar em revista gratuita. O guia cultural e de lazer custa 3,25 libras, mas nos próximos meses entrará em um plano para recarregar as baterias. O projeto é passar da circulação de 55 mil exemplares semanais para 300 mil, aumentando o preço do espaço publicitário para compensar a perda da receita com as vendas.

Tim Arthur, editor-chefe da Time Out UK, afirma, no entanto, que o título é rentável e a mudança de estratégia não foi impulsionada por dificuldades financeiras. Ele também nega que a revista tenha sido obrigada a se tornar gratuita pela empresa Oakley Capital, que comprou 50% do negócio do fundador Tony Elliot em 2010. “Continua a ser uma revista lucrativa; isso não foi guiado pela queda, é guiado pela oportunidade”, ressalta. Greg Miall, diretor do projeto de relançamento da revista londrina, diz que a transformação em produto gratuito também se adequa ao modelo moderno de multiplataforma, com o site e aplicativos gratuitos para iPad, iPhone e Android.

Metrô, galerias e cafés

Quando foi fundada, em 1968, a Time Out imprimia cinco mil exemplares por semana. Em seu melhor momento, na década de 90, chegou a vender mais de 110 mil cópias, o dobro da quantidade atual. Hoje, cerca de 12 mil exemplares são vendidos em banca, e a maior parte da circulação corresponde a assinaturas. Com a mudança para o modelo gratuito, será cobrada dos assinantes uma pequena taxa para cobrir os custos com o envio.

Mais da metade das 300 mil cópias serão distribuídas por 200 funcionários espalhados pelas estações de metrô e trem de Londres. Outros exemplares serão disponibilizados em lugares que são referências culturais, como o museu Tate Modern, e em cafés.

A Time Out tem versões em 37 cidades pelo mundo (incluindo São Paulo), e 34 delas são licenciadas para outras empresas. As outras duas edições que pertencem diretamente à Time Out original, incluindo uma em Paris, continuarão a ser cobradas – apenas a de Londres vira gratuita. Informações de Mark Sweney [The Guardian, 2/8/12].