O jornalista Humayun Kabir foi assassinado em um ataque à bomba no domingo, 27/6, em Bangladesh. Kabir era editor do jornal diário Janmabhumi, na cidade de Khulna, que havia recentemente publicado artigos sobre o crime organizado na região. O atentado ocorreu em frente ao escritório do jornalista, que estava na companhia do filho no momento do crime. Kabir morreu no hospital; seu filho sofreu apenas ferimentos leves nas pernas. Segundo a BBC [28/6/04], suspeita-se que o crime tenha sido cometido por um grupo de extrema direita. A polícia da região informou que já prendeu nove suspeitos de participação no incidente. Nos últimos dez anos, outros doze jornalistas foram mortos nesta mesma região depois de publicarem notícias sobre corrupção, violência política e crime organizado. Na segunda-feira, 28/6, jornalistas em todo o país usaram um emblema preto pela memória de Klabir.
Editor assassinado em Bangladesh
Mais de dois anos após o assassinato do repórter americano Daniel Pearl por extremistas islâmicos no Paquistão, quatro acusados do crime continuam esperando resultado de apelação contra sua condenações. O suposto líder do grupo Ahmed Omar Saeed Sheikh, condenado à morte, e outros três comparsas, sentenciados à prisão perpétua, afirmam que as autoridades falsificaram e esconderam evidências no processo. Advogados e ex-juízes paquistaneses ouvidos pelo Wall Street Journal [1/7/04] dizem que a demora para definir o caso se deve a um sistema judiciário sobrecarregado. Mas o jornal levanta a hipótese de que o governo não quer se comprometer no julgamento, que suscita muita polêmica no Paquistão. Durante o processo, militantes islâmicos ameaçaram investigadores e feriram policiais com cartas-bomba.