O jornalista marroquino Anas Tadili, diretor do jornal semanal Akhbar Al Ousboue, foi condenado por difamação e sentenciado a seis meses de cadeia por acusar um ministro do governo de ser homossexual. Em abril, o jornal de Tadili publicou que um ministro do governo, cujo nome não foi citado, mas que seria facilmente identificado pelo contexto da matéria, teria sido flagrado pela polícia durante um ato sexual com outro homem, em um hotel no norte do Marrocos. O diretor do Akhbar Al Ousboue foi acusado de ‘difamar e depreciar uma figura do governo e espalhar informação falsa’. Dez dias após a publicação do artigo, o sindicato de imprensa SNPM, o maior do país, criticou Tadili por espalhar falsos rumores no título do artigo: ‘Homossexualismo e a classe política do Marrocos’. Informações de Middle East Online [2/6/04].
‘Palhaço triste’ se despede das câmeras
O palhaço Brozo, apresentador do programa de notícias mexicano El Mananero, no canal Televisa, gravou na quarta-feira, 2/6, a última edição do programa. De peruca verde e com um grande nariz vermelho, o palhaço era um dos apresentadores de maior sucesso no México. Seu programa matutino diário – cujo nome é uma gíria mexicana para sexo rápido pela manhã – misturava irreverência com notícias e comentários políticos considerados sérios e consistentes. Conhecido como o ‘palhaço triste’, Brozo decidiu parar de fazer o programa por causa da morte de sua mulher. A última edição de El Mananero contou com a participação por telefone e por cartões do presidente Vicente Fox, do ex-presidente Carlos Salinas, do procurador geral da República, e de deputados, jornalistas e artistas, todos dispostos a se despedir do apresentador. Brozo foi criado para um ato de cabaré há algumas décadas pelo ator Victor Trujillo, e despontou na Televisa em 2002. Seu programa rapidamente se tornou um fenômeno cultural no país. Este ano, Brozo provou sua influência política ao levar um legislador de esquerda ao programa e mostrar um uma filmagem de vídeo secreta que mostrava o político aceitando suborno de um empreiteiro. O episódio deu início a um grande escândalo de corrupção envolvendo o prefeito da Cidade do México, Andres Manuel Lopez Obrador, um possível candidato de esquerda às eleições presidenciais de 2006. Lorraine Orlandi [Reuters, 2/6/04].