Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Editor curdo condenado a 21 anos de prisão

Tribunal turco sentenciou a 21 anos de prisão o editor Ozan Kilinc, do jornal curdo Azadiya Welat, acusado de publicar ‘propaganda rebelde curda’. Esta não é a primeira vez que editores do diário, que funciona na cidade de Diyarbakir, sofrem acusações do tipo – o jornal já teve problemas por divulgar fotos do líder preso do grupo PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, em português). O PKK, que defende um estado curdo independente, é classificado como organização terrorista por Ancara, pela União Européia e pelo governo americano.

Na semana passada, segundo informações da agência de notícias estatal Anatolian, Kilinc foi condenado por permitir que o jornal disseminasse propaganda terrorista em nome do PKK por 12 edições em junho de 2009. Desde que começou a funcionar, em 2006, o Azadiya Welat teve que substituir pelo menos seis de seus editores – ou porque tiveram que sair do país para evitar a prisão, ou porque haviam sido presos.

O histórico de liberdade de imprensa na Turquia e dos direitos de sua minoria curda são, há tempos, obstáculos para a entrada do país na União Européia. ‘Limitar as liberdades irá apenas prejudicar a Turquia e seus esforços para entrar na UE, além dos esforços para atingir a paz com os curdos’, afirmou Eser Uyansiz, publisher do diário. Informações da Reuters [11/2/10].

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