O juiz federal Royce Lamberth ordenou na terça-feira (4/9), em Washington, à editora McGraw-Hill que entregue informações sobre os preços de energia, e-mails internos, procedimentos e outros registros para reguladores federais da Commodity Futures Trading Comission, órgão que regulamenta e fiscaliza os mercados futuros americanos. A comissão investiga acusações de que uma empresa de energia (cujo nome não foi revelado) forneceu deliberadamente informações adulteradas à McGraw-Hill para afetar os preços no mercado de gás natural em um período de três anos. A editora publica a BusinessWeek e uma de suas divisões, Platts, vende informações e relatórios relacionados a energia.
Lamberth afirmou que a Platts está qualificada sob uma prerrogativa legal que protege jornalistas da obrigação de testemunhar ou fornecer informações de fontes. Entretanto, o juiz acredita que a necessidade dos reguladores por estas informações seja mais importante do que o privilégio de proteção nesta instância. Os investigadores alegam que as informações da Platts são importantes porque relatórios imprecisos podem ter influenciado o mercado. ‘Se as publicações da Platts estiverem erradas, o interesse público nas notícias está ameaçado’, completou o juiz.
O porta-voz da McGraw-Hill, James Keener, afirmou que a empresa ficou desapontada com a decisão do juiz e poderia pedir que a intimação fosse revisada. ‘Nós estamos satisfeitos que a corte reconheceu a aplicabilidade da prerrogativa que protege o repórter de informar suas fontes em algumas circunstâncias’, disse Keener. A empresa alega também que está protegida sob a Primeira Emenda da Constituição dos EUA. Informações de Josh Gerstein [The New York Sun, 5/10/05] e de Cary O´Reilly [Bloomberg News, 4/10/05].