Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Em Nova York, menos prejuízo e aumento de receita

O grupo New York Times Company reportou, na semana passada, perda líquida de US$ 35,6 milhões no terceiro trimestre de 2009, contra US$ 106,2 milhões no ano passado, noticia Richard Pérez-Peña [The New York Times, 23/10/09]. A perda foi de US$ 0,25 por ação, comparada a US$ 0,74 no mesmo período do ano anterior. E, neste trimestre, estava inclusa uma cobrança de US$ 76,1 bilhões por obrigações trabalhistas do jornal Boston Globe. As ações fecharam em alta de 22,5%, a US$ 10,72, o que representa um ganho de US$ 1,97. Foi o valor mais alto em 12 meses.

Como há sinais de diminuição na queda de publicidade no quarto trimestre, o grupo reavaliou as expectativas de redução de custos operacionais, subindo de US$ 450 milhões para US$ 475 milhões. A notícia veio três dias após o anúncio da eliminação de 100 cargos na redação do diário New York Times. No ano passado, houve um corte semelhante. O grupo – que além do NYT publica também o International Herald Tribune – estima que os lucros com circulação alcançaram US$ 175,2 milhões no terceiro trimestre, enquanto os com anúncios caíram para US$ 164,5 milhões. É a primeira vez que a receita com venda de jornais é maior que a com de anúncios. A queda foi um pouco menor que a apresentada pelas outras grandes editoras americanas, devido ao aumento de 6,7% nos lucros com venda de jornal, após o aumento do preço de capa do NYT e do Globe.

Segundo Janet Robinson, presidente e executiva-chefe do grupo, o maior declínio deu-se por conta dos anúncios com serviços financeiros. A alta ocorreu graças aos anúncios de planos de saúde. A receita total entre julho e setembro deste ano chegou a US$ 570,6 milhões, o que representa queda de 16,9% com relação ao mesmo período de 2008, devido em parte à baixa de 26,9% nas receitas obtidas com publicidade.