Uma granada explodiu no prédio da emissora estatal da Tailândia, a National Broadcasting Services of Thailand, conhecida como NBT, nesta terça (31/8), na hora do almoço. Ninguém ficou ferido, mas diversos veículos foram danificados, informou o chefe de polícia de Bangcoc, general Santan Chaiyanont. Trata-se do terceiro ataque à emissora este ano – o de março deixou quatro feridos e o de abril não atingiu o alvo. Esta já é a quarta explosão de granada em cinco semanas na capital do país; os ataques anteriores deixaram uma pessoa morta e dezenas feridas. O governo alega que os recentes ataques justificam manter Bangcoc sob o estado de emergência que foi imposto durante os protestos antigoverno em abril e maio, nos quais 91 pessoas foram mortas e 1.900 feridas. ‘O ataque foi uma tentativa de criar pânico’, disse o porta-voz do governo Panitan Wattanayagorn. Ninguém assumiu a responsabilidade de nenhuma das explosões. ‘Não sei quem lançou a granada. Criticamos o canal porque é irresponsável na sua cobertura, mas isto é diferente de atacar. Não usamos estas táticas’, disse o parlamentar e líder de um grupo antigoverno Jatuporn Prompan. A NBT vem sendo criticada por integrantes do grupo antigoverno ‘camisas vermelhas’, por divulgar notícias a favor do governo. Rattana Jarernsak, diretor-executivo da NBT, afirmou que a emissora continuará a operar normalmente. Críticos alegam que autoridades estão usando os poderes de estado de emergência para prender centenas de suspeitos e silenciar a mídia antigoverno. Os protestos dos ‘camisas vermelhas’, muitos deles partidários do ex-premiê Thaksin Shinawatra, atraíram até 100 mil pessoas que pediam eleições imediatas. Thaksin foi retirado do poder em um golpe militar em 2006 e vive em um autoexílio. Informações da AP [31/8/10], de Boonradom Chitradon [AFP, 31/8/10] e de Ambika Ahuja [Reuters, 31/8/10].
