A Getty Images, maior fornecedora de vídeos e fotos para a mídia e empresas
de publicidade do mundo, colocou-se à venda, noticiam Andrew Ross Sorkin e
Michael J. de la Merced [The New York Times, 21/1/08]. O banco de
investimentos Goldman Sachs foi contratado para assessorar as negociações; o
preço de venda seria de mais de US$ 1,5 bilhão.
Diversas empresas estariam interessadas na agência – em especial, as de
fundos de investimentos, como Kohlberg Kravis Roberts e Bain Capital, entre
outras. As ofertas devem ser feitas até o final do mês, mas não se sabe ainda
quais empresas de fato submeterem lances. Uma porta-voz da Getty não quis
comentar sobre ‘qualquer especulação ou rumor’.
Transição
Fundada em 1995, em Seattle, a empresa cresceu através de uma série de
aquisições. Em 2006, a Getty comprou a iStockphoto por US$ 50 milhões e, no ano
passado, adquiriu seu principal rival, MediaVast, por US$ 202 milhões. Estima-se
que o acervo de 3,2 bilhões de imagens de fotógrafos profissionais de todo o
mundo em seu sítio atraia quatro milhões de visitantes
únicos por mês. Há também vídeos disponíveis para serem usados em filmes, TV e
internet, e serviços premium, que oferecem a distribuição de imagens dos
arquivos da Time Life e da National Geographic.
Recentemente, algumas fotos de baixa qualidade – mas de alto valor
jornalístico – tiradas por celulares passaram a ser vendidas pela empresa, como
a do assassinato de Benazir Bhutto, ex-primeira-ministra do Paquistão, e as
últimas loucuras da cantora Britney Spears. ‘A Getty Images continua a ser uma
empresa em transição, passando de líder de um mercado oligopólico para ser um
dos muitos envolvidos em um mercado altamente competitivo’, avalia a analista
Barbara Coffey. A Getty foi a primeira empresa a licenciar fotos online.
Recentemente, no entanto, a situação da agência não parecia das melhores: no ano
passado, ela anunciou que demitiria 100 funcionários, o equivalente a 5% da
equipe, em dois anos, e suas ações caíram mais de 46%.