O sistema de correções do Washington Post foi o tema da coluna de domingo [26/4/09] do ombudsman Andrew Alexander. As normas internas do diário pedem que erros sejam corrigidos imediatamente. Porém, coluna de Alexander publicada há um mês revelou que há centenas de pedidos de correções pendentes, alguns datando de 2004. Em muitos casos, os ‘leitores nunca tiveram resposta se o Post rejeitou o pedido e os motivos para tal’. ‘Eles sentem como se tivessem enviado o pedido para um buraco negro’, diz o ombudsman.
Editores e repórteres do Post têm trabalhado para diminuir as pendências. Algumas correções antigas vêm sendo publicadas e um sistema com algumas deficiências está sendo consertado. Ainda assim, o jornal tem muito o que melhorar para ganhar a confiança dos leitores sobre o seu compromisso em corrigir os erros.
Resposta imediata
Após a coluna de Alexander do mês passado, Robert McCartney, encarregado da seção Metro – que contabiliza o maior número de pedidos de correções –, enviou uma nota para sua equipe insistindo em uma ‘aproximação mais proativa, transparente, direta, humilde e sincera no que se refere a correções’. ‘Cada leitor que pede uma correção deve receber uma resposta imediata e delicada’, escreveu.
Há normas no Post que requerem que repórteres notifiquem um editor quando uma fonte ou leitor pede uma correção. McCartney pediu que, agora, o editor também seja notificado da resposta ao leitor ou fonte. O editor-executivo Marcus Brauchli gostou da iniciativa de McCartney e recomendou-a como modelo para todas as seções. Dias depois, o editor Peter Perl recebeu a incumbência de supervisionar o processo de correções – e ele começou pedindo atualizações no sistema eletrônico do banco de dados das correções. No dia 14/4, 30 editores participaram de um treinamento para garantir que todos entendam como usar o banco de dados.
Com isso, a lista de pendências foi reduzida em ¼, do total de 185. ‘Estamos muito perto de tornar o banco de dados preciso’, diz Perl. ‘Se um erro for muito pequeno para ser corrigido na versão impressa, ele é corrigido nos arquivos internos para garantir que não seja repetido em matérias futuras’. Se erros são repetidos, Perl entra em contato com os editores responsáveis – que recebem agora e-mails com alertas sobre pedidos pendentes há mais de sete dias.