Dezenas de afiliadas da rede de TV americana CBS decidiram substituir ou transmitir com atraso um premiado documentário sobre os atentados terroristas de 11 de setembro – que já foi exibido na TV por duas vezes sem problemas. As afiliadas alegam se preocupar com a linguagem usada por alguns bombeiros que aparecem em 9/11. Segundo o vice-presidente-executivo da CBS Corp., Martin Franks, o impasse em torno do documentário é o primeiro exemplo do efeito causado nos EUA pelo aumento das penalidades para a exibição de conteúdo considerado obsceno ou imoral – efeito que teve início quando o seio da cantora Janet Jackson foi brevemente mostrado em apresentação no Super Bowl. ‘Nós não achamos apropriado higienizar a realidade do inferno que foi o 11 de setembro’, afirmou Franks. ‘[O programa] mostra o estresse inacreditável que estes heróis enfrentaram. Higienizá-lo de alguma maneira eliminaria o horror pelo qual eles passaram’. Apresentado pelo ator Robert DeNiro, 9/11 era, inicialmente, uma gravação para mostrar o dia de trabalho de um grupo de bombeiros, mas acabou resultando no único vídeo conhecido do momento exato em que o avião atinge a primeira torre do World Trade Center. Informações de Larry Neumeister [AP, 3/9/06].
Microfone aberto provoca gafe na CNN
A rede de TV americana CNN desculpou-se na semana passada por uma gafe durante pronunciamento do presidente George W. Bush em Nova Orleans. Enquanto o discurso era transmitido ao vivo, os telespectadores puderam ouvir uma conversa da âncora Kyra Phillips com outra mulher, não identificada. Kyra deixou o estúdio para ir ao banheiro enquanto Bush falava, e seu microfone sem fio continuou ligado, sem que ela percebesse. O microfone captou cerca de um minuto de bate-papo da jornalista no banheiro, onde, em meio a gargalhadas, ela falava sobre seu marido e seu irmão. O som foi cortado e outra âncora rapidamente entrou no ar para informar ao público o que Bush havia dito. ‘A CNN sofreu problemas de áudio durante o discurso do presidente hoje’, afirmou a rede em declaração divulgada logo após o incidente. ‘Pedimos desculpas a nossos telespectadores e ao presidente pelo inconveniente’. Informações de Paul J. Gough [Hollywood Reporter, 29/8/06].