Um estudo da Universidade Temple, na Filadélfia, concluiu que a mídia não pode ser responsabilizada por despertar a sexualidade nos jovens, que seriam mais influenciados por fatores dentro de suas próprias casas. O psicólogo Laurence Steinberg analisou dados de 2006 que alegavam que adolescentes entre 12 e 14 anos que consumiram uma grande quantidade de mídia com conteúdo sexual, como filmes, TV, música e revistas, tinham mais probabilidade de iniciar a vida sexual aos 16.
Vários aspectos das vidas dos adolescentes foram estudados, como desempenho escolar, religião, relação com os pais e percepções das atitudes de amigos sobre sexo. ‘Pode parecer que a exposição da mídia leva à atividade sexual, mas esta relação é artificial’, diz Steinberg. ‘Se uma criança diz ser muito religiosa, terá menos probabilidade de ter relações sexuais cedo, mas também terá menos chances de consumir conteúdo sexual. Em vez de acusar a mídia, é preciso ter em mente que é dentro de casa que estão as influências no comportamento sexual dos jovens’.
Vivianne Pattison, diretora de decência da organização Mediawatch UK, discorda do resultado do estudo e diz que é preciso analisá-lo com cautela. ‘Ele tende a ser contraditório. Atualmente, é muito difícil para qualquer um evitar o contato com conteúdo sexual na mídia. No caminho do meu trabalho, hoje pela manhã, por exemplo, passei por um outdoor com uma mulher seminua, mesmo não tendo relação nenhuma com o que estava sendo anunciado’, afirma. ‘Estar exposto a conteúdo midiático sexualmente explícito quando criança pode levar a uma variedade de problemas, incluindo baixa autoestima, distúrbios alimentares e doenças sexualmente transmissíveis’. Informações do Telegraph.co.uk [20/8/10].