Uma entrevista com o ‘czar dos salários’ americano Ken Feinberg, na semana passada, acabou em mais controvérsia sobre as relações entre a Casa Branca e o canal conservador Fox News. Feinberg é o encarregado do Tesouro para fiscalizar os salários dos executivos das grandes empresas que recebem dinheiro do governo. A história divulgada inicialmente dava conta de que o repórter da Fox teria sido excluído da lista de emissoras que o entrevistariam individualmente. Recentemente, a diretora de Comunicações da Casa Branca, Anita Dunn, provocou polêmica ao afirmar que considerava o canal um braço do Partido Republicano. Em setembro, o presidente Barack Obama havia excluído a Fox de uma rodada de entrevistas com repórteres de TV para falar sobre a reforma do sistema de saúde americano.
Desta vez, entretanto, a Casa Branca foi rápida em tentar desmentir o incidente. As informações iniciais diziam que não havia sido dada permissão para que o repórter da Fox entrevistasse Feinberg e que os representantes das outras emissoras, irritados com a atitude do governo, teriam se unido para protestar e conseguido que o canal conservador fosse incluído na entrevista.
A Casa Branca diz que houve um mal-entendido, que a Fox não havia solicitado inicialmente a entrevista e que por isso não estava na lista de emissoras. Assim que isso foi notado pelos jornalistas, o Departamento do Tesouro foi alertado e ligou para Anita Dunn, que disse que o correspondente da Fox podia ser incluído na lista.
‘Não houve um plano para excluir da Fox News, e eles tiveram o mesmo espaço de seus concorrentes. [Foi feito] Muito barulho por absolutamente nada’, afirmou um porta-voz do Tesouro. Major Garrett, o repórter da Fox, afirmou que o incidente ‘pareceu, por algum tempo, uma tentativa premeditada de excluir’ o canal. ‘A Casa Branca disse que foi um mal-entendido’, completou ele, ressaltando que o problema foi ‘rapidamente resolvido’. Com informações de Kevin Allocca [TV Newser, 24/10/09].