Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Explosão atinge gráfica de jornal basco

Uma explosão danificou equipamentos de impressão do jornal basco El Correo, no norte da Espanha, na madrugada de domingo (8/6). Na hora do incidente, cerca de 50 pessoas preparavam a edição dominical do jornal, mas ninguém ficou ferido. O Correo acusou o grupo separatista ETA pelo ataque, que deixou um buraco na parede de concreto, mas não houve confirmação imediata da autoria da explosão. ‘Não foi dado nenhum tipo de aviso, e por sorte não ocorreu uma tragédia’, declarou o jornal em seu sítio na internet. A gráfica do Correo fica em Zamudio, próximo à cidade de Bilbao. O ETA já matou mais de 800 pessoas desde o fim da década de 60 em uma violenta campanha por um Estado basco independente entre Espanha e França. Em maio, três suspeitos de liderar o grupo foram presos em Bordeaux, na França. Informações de Harold Heckle [AP, 8/6/08].



Jornalista assassinado a tiros na Somália

O jornalista somali Nasteex Dahir Farah, de 26 anos, foi morto a tiros na cidade de Kismayo, no sábado (7/6). Ele foi atingido diversas vezes no peito e morreu no hospital. Segundo uma enfermeira, o jornalista chegou a dizer à equipe médica que dois homens atiraram nele na frente do portão de sua casa. Farah era vice-presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas Somalis e colaborava com organizações internacionais como a Associated Press e a BBC. Este ano, ele escreveu um artigo sobre os riscos de se trabalhar na Somália para uma publicação especial do Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Cenário de caos e violência desde 1991, a Somália é um dos países mais perigosos para a prática do jornalismo. Pelo menos outros nove outros profissionais de imprensa foram mortos desde fevereiro de 2007, de acordo com a Anistia Internacional. A mulher de Farah, Idil Farey, está grávida de seis meses. O filho mais velho do casal tem apenas 10 meses. ‘Sua morte é a destruição total da minha vida’, desabafou ela à AP. ‘Não há autoridade na Somália que faça justiça e não há quem proteja os jornalistas’, afirmou Omar Faruk Osman, secretário-geral do sindicato. ‘O assassinato de um jornalista corajoso é mais um sinal da fragilidade da liberdade de imprensa na Somália e em muitos outros países’, declarou John Daniszewski, editor internacional da AP. Informações de Mohamed Sheikh Nor [AP, 7/6/08].