O presidente em exercício da Comissão Federal de Comunicações americana (FCC, sigla em inglês), Michael Copps, afirmou na semana passada que pretende agir firmemente para ajudar a ampliar a diversidade nas emissoras dos EUA. ‘Estamos nos comprometendo a obter informações independentes e críveis para preparar uma ação significativa para corrigir a injustiça da falta de emissoras de propriedade de mulheres e de minorias nos EUA’, prometeu.
Para tal, a FCC aprovou uma proposta que tem o objetivo de implementar o banco de dados sobre as emissoras, requerendo que elas forneçam informações mais completas sobre gênero e raça de seus proprietários. Copps também anunciou que irá indicar novos membros para um comitê que irá aconselhar a FCC sobre como expandir a diversidade na mídia.
Dentre outras ações, o comitê irá examinar se o órgão deve analisar as inscrições para licenças de emissoras de maneira mais ampla, a fim de ajudar a aumentar a proporção de mulheres e minorias. ‘É preciso alguns sinais claros de que estamos nos mexendo para finalmente fazer algo para o estado lamentável de minorias e mulheres na propriedade de nossas emissoras’, afirmou Copps.
Tema prioritário
Segundo o Free Press, grupo de defesa da liberdade de expressão na rede, o banco de dados de 2007 da FCC não contabilizou mais da metade das emissoras de rádio e mais de 2/3 das de TV que são de propriedade de minorias e de mulheres. Ainda assim, o grupo argumenta que mulheres e minorias detêm menos que 10% das emissoras de rádio e TV do país.
A diversidade de mídia vem sendo umaprioridade para Copps, interino na presidência da FCC até que Julius Genachowski – escolha do presidente Barack Obama – assuma o cargo. O nome de Genachowski ainda terá que ser aprovado no Senado. Informações de Fawn Johnson [Wall Street Journal, 8/4/09].