Filipinas, México, Somália e Rússia foram os países mais perigosos para jornalistas em 2009, de acordo com dados do grupo International News Safety Institute (INSI), que monitora estatísticas em todo o mundo. No ano passado, 132 jornalistas e profissionais de imprensa morreram ou foram mortos enquanto trabalhavam – 98 por conta do que escreveram. O INSI contabiliza também mortes por acidentes em serviço.
Apenas três repórteres internacionais estavam entre os que foram deliberadamente assassinados. A grande maioria era formada por jornalistas locais que cobriam pautas perigosas envolvendo crimes ou casos de corrupção. ‘Jornalistas continuam a morrer porque têm a ousadia de oferecer uma luz nos cantos mais escuros das sociedades. Este é o preço mais chocante que pagamos por nossas notícias’, afirmou o diretor do INSI, Rodney Pinder.
O ano de 2009 teve 22 mortes a mais do que o de 2008; em 2007, foram 172 jornalistas mortos e, em 2006, 168. Em 2008, as Filipinas já tinham um alto índice de assassinatos. No fim do ano passado, um massacre por motivação política elevou o número de mortes a 37. O México, por sua vez, foi o segundo país com mais mortes, com 11, seguido pela Somália e Rússia, com nove, cada.
Para o INSI, um dado encorajador foi o fato de o Iraque ter tido apenas cinco mortes em 2009 – sendo três em troca de tiros. Trata-se do mais baixo índice desde a invasão americana ao país. ‘Por cinco anos depois de 2003, o Iraque foi o país mais perigoso do mundo para a mídia, mas os jornalistas estão agora se beneficiando de uma redução geral da violência local’, analisa Pinder. Informações de Robert Evans [Reuters, 7/1/10].