O jornalista britânico James Brandon, de 23 anos, foi sequestrado por militantes em um hotel na cidade de Basra, no Iraque, na quinta-feira, 12/8. Ele havia chegado à cidade no dia anterior, e se identificou como repórter freelancer para o Sunday Telegraph, Christian Science Monitor e Scotsman. Segundo funcionários do hotel, cerca de 30 homens armados, alguns vestidos como policiais, invadiram o prédio e levaram o jornalista.
Os sequestradores divulgaram na sexta-feira, 13/8, um vídeo onde ameaçavam matá-lo caso os EUA não retirassem suas tropas da cidade de Najaf em 24 horas. Na filmagem, Brandon aparecia sem blusa e com um curativo na cabeça e era obrigado a se apresentar.
‘Nós somos os filhos do povo iraquiano’, dizia um dos captores, que no vídeo usava uma máscara de esqui preta para não ser identificado. ‘Exigimos a saída das forças de ocupação da cidade sagrada de Najaf em 24 horas, ou mataremos este refém britânico’, completava ele, dando um tapinha no ombro de Brandon.
Sequestro relâmpago
O sequestro, porém, acabou no mesmo dia. Assessores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr, líder da milícia Mahdi, que atua em algumas cidades do Iraque, entre elas Najaf, condenaram a captura e ordenaram que o jornalista fosse imediatamente libertado. Brandon foi levado ao Consulado Britânico pelo chefe de polícia de Basra, Mohammed Kadhem al-Ali. Ele havia sido espancado pelos sequestradores e afirmou que, depois do susto, pretendia deixar a cidade o mais rápido possível.
Najaf é uma das regiões mais sagradas para os muçulmanos xiitas. Tropas americanas e forças do governo iraquiano começaram uma grande ofensiva na cidade na semana passada para tentar acabar com a atuação da milícia rebelde que atua no local. Informações da AP [13/8/04].