O editor do Financial Times, Andrew Gowers, está sondando seus funcionários para ver se há interesse em demissões voluntárias. A medida é um sinal de que o jornal em crise está se preparando para cortes profundos. O esquema pode se tornar disponível a partir do início do ano que vem, ou nem mesmo ser iniciado, dependendo da demanda. Não foi estabelecido nenhum número de demissões a ser atingido.
Segundo Dan Sabbagh [The Times, 25/11/04], o FT emprega cerca de 500 jornalistas. No ano passado o jornal sofreu uma perda de 32 milhões de libras por causa da queda da venda de publicidade, o que revelou a instabilidade do mercado. Nos últimos dois anos, os gastos da publicação foram reduzidos em 20 milhões de libras. Entretanto, não foram feitos cortes na equipe editorial.
Apesar das melhoras nos lucros este ano, a situação do mercado financeiro de publicidade permanece incerta. Nos três últimos meses de cada ano, as receitas com publicidade do FT aumentaram apenas 2% por período, sugerindo que as melhoras nos lucros serão modestas. Analistas acreditam que o FT pode chegar à falência no ano que vem.
Para melhorar as finanças, os executivos do jornal também consideram o encerramento do suplemento de mídia Creative Business, o que economizaria 400 mil libras por ano com pouco impacto nos gastos como um todo.