O Financial Times anunciou que deve abolir em breve o seu suplemento semanal de mídia, o Creative Business, como parte de um corte de gastos de sete milhões de libras. Fontes próximas ao jornal disseram que só esta medida deve economizar 400 mil libras por ano. O Financial Times perdeu 32 milhões de libras em 2003 e espera reduzir os custos operacionais em 20 milhões de libras este ano. O jornal relançou sua edição britânica no ano passado numa tentativa de reverter o quadro de queda acelerada nas vendas. O novo visual do FT custou 3 milhões de libras para ser lançado e incluiu uma alta ênfase em esportes, críticas, artigos e a volta da revista de fim de semana.
A página diária de esportes também foi cortada este ano depois do fracasso do relançamento para estimular as vendas. Uma menor reestruturação foi ordenada esta semana, mas o jornal nega que irá mudar para o formato compacto que o Guardian irá adotar.
Richard Wray e Dan Milmo [The Guardian, 9/11/04] disseram que o suplemento – que já foi elogiado por sua cobertura de publicidade e marketing e incluiu exclusivas como a primeira entrevista com Dawn Airey depois que ele saiu do Channel Five – pode ser relançado futuramente em apenas uma página, também semanal ou diária. A decisão foi tomada por não acarretar críticas ao conteúdo editorial do jornal. No entanto, a seção emprega seis pessoas, incluindo o editor Carlos Grande, e conta com o trabalho de freelancers.
O jornal vem enfrentando uma constante queda nas vendas. A circulação no Reino Unido em setembro foi de 135.384, contra 152.751 no mesmo mês do ano de 2002 e 138.831 no ano passado. A Pearson, empresa dona do jornal, está obstinada a não vender seu maior bem. Apesar de contribuir com apenas 5% dos 4 milhões de libras em ganhos anuais da Pearson, o FT continua sendo sua marca mais conhecida.