A União Nacional dos Jornalistas britânica aprovou uma moção fortemente crítica ao editor administrativo global da agência Reuters, David Schlesinger, por ele haver afirmado que a companhia ‘tem terríveis problemas de qualidade’. O sindicato chega a dizer que Schlesinger não deve permanecer no cargo. Sua declaração teria sido ‘particularmente ofensiva por difamar seus funcionários, quando há jornalistas da Reuters arriscando suas vidas em muitos países para produzir uma cobertura de destaque’. Porta-voz da agência classificou o comunicado da união de ‘ridículo’ e afirmou que o editor tem muito orgulho de sua equipe jornalística. A frase que gerou a desavença estava num memorando destinado a um grupo de executivos de alto escalão na agência, para discussão de estratégias futuras, mas foi enviado por engano a outros funcionários.
Nos EUA, os protestos dos funcionários americanos da Reuters contra o processo de outsourcing promovido pela agência têm ganho força. E, além das manifestações dos jornalistas que ali trabalham, agora o sindicato Newspaper Guild of New York quer impor entraves legais à operação pela qual a Reuters transfere parte das tarefas executadas por mão-de-obra americana para sua redação em Bangalore, na Índia. As partes entraram num acordo para que a questão seja decidida por um árbitro independente. ‘Em vez de se concentrar em produzir notícias com a melhor qualidade, a Reuters está se esforçando em produzir as notícias mais baratas’, critica o presidente da organização trabalhista, Barry Lipton. As informações são do sítio IndianTelevision.com [11/04/05] e do jornal The Guardian [12 e 13/4/05].