O fundador e executivo-chefe da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, faz esta semana uma rara aparição de palco no Festival de Publicidade de Cannes, onde vai receber o título de ‘Personalidade de Mídia do Ano’. A presença de Zuckerberg sinaliza o aumento expressivo da preocupação de agências publicitárias e seus clientes em entender melhor o ambiente da mídia social – onde uma marca pode ser endeusada ou massacrada pelos consumidores, fora do controle das ferramentas tradicionais de marketing. Por outro lado, mostra também o interesse do Facebook em conquistar a simpatia das grandes marcas que, tradicionalmente, mantêm um pé atrás quando o assunto é publicidade online.
De acordo com a empresa de dados Experian Hitwise, o Facebook tomou o lugar do Google como o site mais popular do ano nos EUA. Com cerca de 500 milhões de usuários, a receita da rede social é estimada entre 500 e 800 milhões de dólares em 2009. Apenas dois anos depois de começar a inserir publicidade em seu sistema, a receita do Facebook por usuário já é a metade da de portais como MSN e Yahoo. Mas, levando em consideração o tempo que as pessoas gastam no site por mês – que é enorme – a receita ainda pode ser considerada bem atrás da de sites mais tradicionais. ‘Eles têm que fazer a publicidade funcionar. O fato de Zuckerberg ir a um dos principais eventos de publicidade do mundo mostra que eles estão levando isso a sério’, resume o analista Ian Maude, da empresa de pesquisas londrina Enders. Com informações de Tim Bradshaw [Financial Times, 20/6/10].